ANGOLA. Três candidatos concorrem à sucessão de Isabel dos Santos na presidência da Cruz Vermelha de Angola (CVA), cargo que a empresária angolana ocupa desde 2006 e que terminará com a realização, este mês, da Assembleia Geral.
Alfredo Elavoco Pinto, Bibiana de Almeida e Carlos Gourgel são os candidatos que disputam o cargo de presidente da organização não-governamental, criada em 1978, na quarta assembleia-geral da CVA, a 23 e 24 deste mês, que contará com a participação de 120 delegados, 90 deles com direito a voto.
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Gestão da CVA, Baltazar Mateus Pedro, citado pela agência noticiosa angolana, Angop, vão assistir ao acto como convidados vários representantes internacionais, designadamente a Federação Internacional da Cruz Vermelha, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e as delegações da Cruz Vermelha de Portugal, Espanha e África do Sul.
Da região africana vão participar representantes da Cruz Vermelha de Nairobi (Quénia) e da delegação regional da Federação Internacional da Cruz Vermelha.
Por ocasião dos 40 anos de existência da organização, em Março deste ano, o secretário-geral da CVA, Walter Quifica, lembrou que a organização é, desde 2006, dirigida por Isabel dos Santos, empresária e filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Na ocasião, sublinhou que a Assembleia Geral da CVA deverá também aprovar alterações aos estatutos e a execução de um plano estratégico e de auditoria externa aos relatórios financeiros do período entre 2014 e 2017.
Walter Quifica disse, na altura, que dificuldades financeiras estavam a obstaculizar a contratação de uma empresa de auditoria independente para examinar as demonstrações financeiras de 2014 a 2017, bem como o processo de redução de pessoal excedentário e o pagamento de 11 meses de salários em atraso aos 115 funcionários, além do recrutamento de quadros especializados para as áreas de programas, recursos humanos, logística e finanças.
A organização de apoio social desempenhou um papel social importante em vários problemas que assolaram recentemente Angola, como o surto de febre-amarela, a vaga de refugiados da República Democrática do Congo (RDC) e o período de seca que afectou a província do Cunene.