O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) são-tomense, que tem funções de Tribunal Constitucional, confirmou oficialmente a vitória da Acção Democrática Independente (ADI) nas legislativas do passado dia 12.
A ADI, liderada por Patrice Trovoada, elegeu 33 dos 55 deputados do novo parlamento são-tomense.
Na proclamação dos resultados, o juiz presidente do STJ, José Bandeira, confirmou ainda que em segundo lugar ficou o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), com 16 deputados.
“Dos 92.790 eleitores inscritos, votaram 69.510, o que corresponde a 74,91%”, disse José Bandeira, sublinhando que 23.280 pessoas não foram as urnas, o que corresponde a uma abstenção de 25,09%.
A ADI obteve 35.265 votos (38,01%), enquanto o MLSTP-PSD totalizou 16.573 votos (17,83%).
A Plataforma Nacional para o Desenvolvimento (PND) e o Partido de Estabilidade e Progresso Social (PEPS), duas novas formações políticas, cujas principais figuras são dissidentes do chamado partido histórico, o MLSTP-PSD, e que também concorreram para estas eleições, não conseguiram reunir mais do que 3.862 votos, somando ambos 4,16 por cento.
O Tribunal Constitucional confirmou igualmente a eleição, pela primeira vez, de um deputado pelo partido União para a Democracia e Desenvolvimento (UDD) e cinco para o Partido de Convergência Democrática (PCD).
Os resultados das eleições autárquicas e da regional para a ilha do Príncipe não foram divulgados.
O partido vencedor obteve nove dos 13 mandatos em Água Grande e outros 10 dos 13 mandatos em Mé Zochi, dois dos seis principais distritos da ilha de são Tomé.
O Tribunal considerou que as eleições decorreram dentro de “um civismo claro, real e objectivo, conducente com a postura dos são-tomenses”.