ANGOLA vendou 210,1 mil milhões de dólares (180 mil milhões de euros) em barris de petróleo nos últimos cinco anos, negócio cada vez mais concentrado com a China, que gastou mais de metade do valor total.
Segundo um documento do Governo angolano, com dados do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo, deste mês, só a China comprou a Angola, entre 2013 e 2017, um total de 106,6 mil milhões de dólares (90,9 mil milhões de euros) em barris de petróleo.
Num único ano, em 2013, as vendas de petróleo angolano à China elevaram-se a um máximo de 31,7 mil milhões de dólares (27 mil milhões de euros), tendo descido para um mínimo de 13,9 mil milhões de dólares (11,8 mil milhões de euros) em 2016, devido à quebra na cotação do barril de crude no mercado internacional.
Na segunda posição, mas uma grande distância da China, surge a Índia, que entre 2013 e 2017 comprou a Angola mais 18,7 mil milhões de dólares (15,9 mil milhões de euros) em petróleo.
Já as vendas, em valor, aos Estados Unidos da América, estão em forte queda, passando dos 4.900 milhões de dólares (4.200 milhões de euros) em 2013 para 900 milhões de dólares (770 milhões de euros) em 2017. Tal como a França, que passaram de 1.300 milhões de dólares (1.110 milhões de euros) para 300 milhões de dólares (250 milhões de euros), no mesmo período, enquanto para Espanha a quebra foi de 2.400 milhões de dólares (2.060 milhões de euros) para 900 milhões de dólares (770 milhões de euros).
Globalmente, as petrolíferas presentes em Angola investiram no sector, no país, entre 2013 e 2017, um total de 69.200 milhões de dólares (59.300 milhões de euros), segundo o governo angolano.
Em 2017, ano em que Angola exportou 595.604.870 barris de crude, cerca de 70 milhões de barris abaixo do estimado no Orçamento Geral do Estado (OGE), as petrolíferas investiram apenas 5.900 milhões de dólares (5.000 milhões de euros). Em 2016 esse investimento foi de 10.800 milhões de dólares (9.260 milhões de euros) e em 2015 chegou aos 16.200 milhões de dólares (13.900 milhões de euros).
Lusa