Ao assistirmos às representações matumbas dos kangambas do MPLA, tentando demonstrar que desempenham um papel de seres civilizados, e ao observarmos em Angola a existência de tantos milhões de desgraçados, ficamos com vontade de chorar. Isso pouco irá adiantar e preferimos rir, rir só para chatear.
Por Domingos Kambunji
É por isso que rimos, rimos muito, para alertar para os papéis que estão a desempenhar os que nos estão e se estão a governar. Infelizmente as ditaduras são muito férteis na parição de caricaturas e, nesse aspecto, a ditadura angolana não é excepção, ocupa um lugar de destaque a nível mundial.
Que dizer de um país com kangambas dirigentes em que o que mais se destaca é o Bento, o que foi eleito para o paraLamento Nacional apesar do seu cadastro criminal? O que dizer dos feiticeiros aprendizes, desempenhando cargos de governadores provinciais, especialmente para o que representa um papel de palhaço tolo, o Pombolo, especialista a inaugurar chafarizes?
O que poderemos dizer das kangambas Tchizés que pensam com as cabeças dos dedos dos pés? O que dizer da kangamba presidenta do “pitrol da Isabeangol”, a que apresenta lucros extraordinários mas não tem dinheiro para pagar o fiado que pediu aos usurários?
O que dizer de um falcão que representa o papel de pomba, governador provincial, o que está envolvido num esquema fraudulento de 50 milhões de dólares da última campanha eleitoral? O que dizer de um kangamba Carneiro, governador provincial, general, que fundou a Indústria de transformação de madeiras preciosas numa província do interior? Essa indústria consistia apenas em derrubar árvores, o que deu o mote para que seja conhecido como o Governador Serrote.
O que dizer de um Presidente que leu muitíssimos discursos gabando a modernização e o desenvolvimento e depois vai para Barcelona tratar-se, com enorme sofrimento? O que dizer dos tribunais presidenciais boçais e do Porcariador Geral da Reipública do MPLA, mais um kangamba general de barriga grande, conivente com a bandalheira reinante no pantanal?
Estes exemplos são uma pequena introdução do enorme universo de kangambas de Angola, caricaturas que se destacam em incoerência e corrupção na ditadura do Zézão.
Poderíamos chorar com tanta desgraça mas isso não teria graça. Preferimos rir, rir até cansar, rir até derrubar do poder os que se estão a governar e a parasitar.
A impaciência em enricar ainda não lhes deu tempo para, depois de tanto roubar, pensarem em importar do estrangeiro um pouquinho de coerência e inteligência.
O que dizer dos kangambas que andam a propagandear publicando o que os kangambas do governo decidem vomitar, pensando que essa indigência é merecedora do Prémio Nobel da Eloquência?
Lemos a notícia de que o Jornal de Angola foi homenageado com um “certificado de mérito” pelo Círculo Internacional de Teatro. Isso só nos dá razão para continuarmos a paródia. O jornal do Zé Morteiro, o que “abifou” 30 milhões de dólares, destaca-se pela matumbice hilariante, pela comédia. Todavia, pensamos ser discriminação não homenagearem os outros órgãos oficiais de informação do MPLA: a TPA, a RNA…
É por tudo isto que decidimos rir, rir às gargalhadas dos mega-narcisismos foleiros destes bandoleiros.
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