Uma verba de mais de 34 milhões de kwanzas destinada ao combate à febre-amarela no município de Cabinda foi recentemente desviada pelo administrador local, alegadamente para pagamento de dívidas referentes à recolha de lixo. Maka Angola apurou os factos junto de fontes do Ministério da Saúde.
Por Maka Angola
O Ministério da Saúde transferiu os fundos em Maio passado, como parte dos seus esforços de contenção da propagação da febre-amarela em Cabinda. Segundo fonte do governo provincial de Cabinda, uma das primeiras medidas de Arnaldo Tomás Puaty, nomeado administrador municipal a 6 de Maio passado, foi o desvio integral da verba para outros fins.
Em sua defesa, segundo a fonte contactada, o administrador alega desconhecimento acerca do destino do montante atribuído à administração municipal. E portanto afirmou ter usado o dinheiro para pagar o serviço dos camiões privados que fazem a recolha do lixo no município-sede da província da Cabinda.
“Desde quando é que o Ministério da Saúde atribui verbas para recolha de lixo?”, insta fonte do mesmo Ministério.
Até à semana passada, Cabinda identificou 52 casos suspeitos de febre-amarela e registou oito óbitos recentes, causados pelo surto e confirmados através das amostras enviadas para um laboratório da Organização Mundial de Saúde em Dakar, capital do Senegal. Por falta de capacidade laboratorial em Angola, as amostras estão a ser enviadas ao exterior.
O administrador Arnaldo Tomás Puaty desempenhou anteriormente funções de assessor da governadora provincial de Cabinda, Aldina da Lomba Catembo.
é o fim do mundo…….