A falência de Angola tem um nome: Corrupção incorporada pelo actual presidente José Eduardo dos Santos, sua família e a liderança do MPLA.
Por Emanuel Matondo
Um dia, nós, angolanos, vamos acordar e a luta pela independência desta terra dos antepassados irá revelar-se cancelada. Um dia vamos perceber que, apesar dos vosso grande sacrifício da resistência contra os colonos opressores, os filhos e filhas de Angola nunca foram libertados. E quando esse dia chegará, nós não teremos mesmo a possibilidade de contar os nossos mortos e enterrá-los com dignidade.
Ainda me lembro do dia em que enderecei esta mensagem ao nosso grande herói nacional enviado ao esquecimento, o Mais Velho e já falecido Holden Álvaro Roberto, durante nossa conversa em Munique, Alemanha, mais de 15-17 anos passados.
Como as coisas poderiam funcionar bem nesta sociedade de humilhação total dos outros, que não carregam a cor partidária do MPLA? Uma sociedade onde muitas gentes aplaudiram tão quando os outros irmãos foram humilhados de dia e noite, entre outros esses heróis nacionais, vivos ou mortos, porque eles eram ou são simplesmente de FNLA e UNITA?
Como as coisas poderiam andar nesta sociedade de discriminação total e exclusão social quando aceitarmos o estabelecimento de apartheid em Angola? Eu, pelo menos, sabia e sempre dizia que as coisas tornarão mal, porque tudo não era sustentável. Eu dizia que esse país foi condenado à ruína, infelizmente, e o autor desta tragédia angolana chama-se José Eduardo dos Santos, que assina em nome de cor sangrenta e com o símbolo da violência do seu partido MPLA.
A falência de Angola tem um nome: Corrupção incorporada pelo actual presidente José Eduardo dos Santos, sua família e a liderança do MPLA como seus familiares, que roubaram tudo até a última camisa dos angolanos.
Tudo era previsível em Angola, particularmente a falência era previsível em Angola. Tendo construído uma sociedade baseada na corrupção, patronagem, no roubo sistemático de fundos públicos (” com mais de USD 2,550 bilhões roubado em 40 anos de poder JES/MPLA”), saques das riquezas naturais, negligência e incapacidade de governação etc., este modelo da sociedade estava condenado ao fracasso ou a falência.
Em vez de lamentar, os angolanos devem agora tomar medidas concretas para um destino diferente e um futuro melhor, sem o déspota e sem os ladrões congregados no seio do MPLA. Isso significa, que os angolanos devem agora e hoje formar uma frente unida de resistência civil e não-violenta coordenada e organizada no sentido de enviar este regime injusto e repressivo para o inferno!
Eu tenho Fê, a ditadura cairá. É uma questão de tempo, e não é por muito tempo!