A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) pretende atingir este ano um milhão de militantes inscritos, anunciou hoje o seu líder, garantindo que no país já não existem espaços cativos de qualquer organização política.
Abel Chivukuvuku, que falava à imprensa à margem da III reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional, acrescentou que essa meta se insere no processo, em curso, de transformar aquela coligação em partido político.
A reunião decorre até sábado, em Luanda, e vai servir para fazer o levantamento da situação actual do partido e encontrar estratégias para a segunda maior força da oposição angolana “contribuir decisivamente na melhoria da situação do processo democrático de Angola, do Estado de Direito e da condição social do cidadão”.
“Por outro lado, vamos também analisar o que é que a CASA-CE tem que fazer para reforçar a probabilidade de alternância, em 2017, esses serão os assuntos essenciais da discussão”, frisou Chivukuvuku.
Sobre o processo de transformação da coligação eleitoral em partido, Abel Chivukuvuku disse que está cumprida a primeira fase, com a realização dos congressos pelas quatro formações políticas que compõem a CASA-CE, seguindo-se agora a fase de harmonização interna.
“E em Abril do próximo ano vamos fazer o congresso de transformação e após isso remeter o requerimento de transformação ao Tribunal Constitucional”, avançou o líder da coligação.
De acordo com Abel Chivukuvuku, a estratégia política utilizada pela coligação, com visitas quinzenais ao interior do país e semanais na capital angolana, estão a “confirmar que a CASA-CE é o partido mais dinâmico, criativo e mais próximo do cidadão”, bem como que neste momento é a organização política que mais cresce.
“Não tenhamos dúvidas, e eu pessoalmente não tenho, porque tenho palmilhado o país de lés-a-lés, e constatado, todos os dias, a enorme confiança e esperança que os angolanos depositam na CASA-CE”, afirmou, no discurso de abertura da reunião.
Numa análise sobre a situação política do país, o líder da CASA-CE teceu críticas à governação e liderança de Angola, considerando que o ” regime que governa Angola, há 39 anos, está completamente à deriva e sem norte”, reiterando que a mensagem sobre o estado da nação não transmitiu confiança, fé, nem esperança aos cidadãos.
“Com todo este quadro, somos mais uma vez obrigados a chegar à conclusão de que o actual regime já não tem capacidade de produzir políticas públicas inovadoras e positivas”, frisou.
A CASA-CE, a junção do Partido de Aliança de Maioria Angolana (PALMA), o Partido Pacífico Angolano (PPA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o PADDA – Aliança Patriótica, tem três anos de existência, e nas primeiras eleições gerais que participou em 2012 conseguiu eleger oito deputados.