As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,62% no primeiro semestre do ano, fixando-se em 48,11 mil milhões de dólares, indicam dados oficiais.
D ados dos Serviços de Alfândega da China, publicados na página online do Fórum Macau, indicam que, entre Janeiro e Junho, a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 28,57 mil milhões de dólares — menos 35,38% — e vendeu produtos no valor de 19,53 mil milhões de dólares, menos 4,53% em termos anuais.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 34,24 mil milhões de dólares até Junho, menos 19,27% do que no período homólogo do ano passado.
As exportações da China para o Brasil atingiram 14,92 mil milhões de dólares, traduzindo uma quebra de 7,99%, enquanto as importações totalizaram 19,32 mil milhões de dólares, menos 26,24%.
Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 45,24% para um total de 10,42 mil milhões de dólares até Junho.
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 2,14 mil milhões de dólares – mais 2,77% – mas, em contrapartida, comprou mercadorias avaliadas em 8,28 mil milhões de dólares, ou seja, menos de metade comparativamente a igual período do ano passado (-51,16%).
Já com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa, o comércio bilateral ascendeu a 2,15 mil milhões de dólares – menos 5,89% -, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens de 1,41 mil milhões de dólares – menos 4,14% – e comprou produtos avaliados em 731 milhões de dólares, ou seja, menos 9,12% em termos anuais homólogos.
Só em Junho, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa cifraram-se em 9,79 mil milhões de dólares, subindo 13,47% face ao mês anterior.
Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar directamente no Fórum Macau.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.
Um despacho do chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, publicado na segunda-feira passada, prorrogou a duração do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa até 3 de Março de 2019.