NÃO SE SERVE A NAÇÃO COM RANCOR

O Presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Alves Simões, manifesta intenção de substituir Pedro Gonçalves por Luís Aires no comando técnico dos Palancas Negras, alegando desagrado com a anterior direção do órgão reitor da modalidade em Angola. Jornalistas e a família desportiva nacional reprovam a intenção baseada em questões pessoais.

Por Geraldo José Letras

“Sempre considerei que decisões impulsivas e baseadas em questões pessoais, podem prejudicar não apenas o presente da selecção mas também o seu futuro. A estabilidade deve ser a chave para a gestão da selecção, e qualquer mudança no comando técnico deve ser feita com base em critérios objectivos e a longo prazo, para garantir o melhor desempenho possível para Angola nas mais variadas competições internacionais” defende o jornalista desportivo Luís Caetano que aconselha a actual direção da FAF a ser mais prudente, apostando na continuidade do trabalho iniciado por Pedro Gonçalves, “permitindo que ele conclua o ciclo que tem demonstrado bons frutos, especialmente considerando a campanha de qualificação para o CAN 2025”.

“O treinador merece, pelo menos, a oportunidade de fechar o seu ciclo de trabalho de forma digna, com a possibilidade de alcançar um bom desempenho em Marrocos, o que consolidaria ainda mais o seu sucesso à frente dos Palancas Negras”, reforçou a sua visão.

O jornalista Luís Caetano alerta o actual Presidente da FAF, Alves Simões, sobre os perigos dos seus critérios de decisão desde que assumiu a presidência do órgão reitor do futebol em Angola, “baseada em emoções pessoais, algo que tem sido recorrente”.

“A história recente da FAF tem mostrado que decisões apressadas e tomadas sem uma análise profunda podem ter efeitos negativos, tanto na gestão da federação quanto no rendimento da selecção. Essa falta de estabilidade e de planificação a longo prazo não só enfraquece a equipa como também prejudica a credibilidade da própria FAF”, entende Luís Caetano.

Angola está qualificada para o Campeonato Africano das Nações (2025) de 2025 a decorrer em Marrocos. O feito alcançado aliado a melhor campanha de sempre dos Palancas Negras sob liderança de Pedro Gonçalves no último CAN disputado na Costa do Marfim são indicativos de um trabalho consistente, que trouxe estabilidade à equipa, além de criar um ambiente competitivo e promissor.

A família desportiva nacional entende que “embora os motivos reais para essa decisão possam ser variados, é importante ponderar sobre as implicações dessa mudança e o impacto que ela pode ter no futuro dos Palancas Negras”.

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