A fome e pobreza extremas estão na base do envolvimento das crianças e idosos na atividade de exploração clandestina de recursos minerais, concretamente o ouro, na província da Huíla. Em declarações ao Folha 8, o Porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Segunda Quitumba, considera a situação preocupante e adianta que desde o dia 22 do mês em curso pelo menos 15 cidadãos entre adolescentes e idosos já foram detidos.
Por Geraldo José Letras
O Inspector Segunda Quitumba destaca a aldeia Kawayala Norte, no município do Dongo, onde um grupo de 15 adolescentes e idosos dos 17 e 64 anos estão detidos desde o dia 22 deste mês por terem sido apanhados em flagrante numa zona de exploração clandestina de recursos minerais.
“A operação foi conduzida no âmbito de acções de vigilância e patrulhamento operativo, desenvolvidas com base em informações obtidas através de técnicas de investigação e inteligência criminal, as quais apontavam para a existência de um grupo de cidadãos que se dedicava a actividade ilegal de explorar minerais naquela circunscrição”, esclareceu.
Os habitantes que recorrem à atividade de garimpo trabalham geralmente durante a madrugada fazendo recurso a instrumentos e materiais diversos, nomeadamente picaretas, moto-bombas, pás e tubos de moto-bombas.
O Porta-voz do SIC na província da Huíla reafirma o seu total engajamento no combate cerrado ao que considera criminalidade económico-financeira e à exploração ilegal de recursos naturais.
O fenómeno da exploração ilegal de minerais envolvendo crianças e idosos é igualmente observado nos municípios de Chipindo, Jamba e Cuvango. Além da província do Huambo.