50 ANOS MARCADOS PELA INCOMPETÊNCIA

O presidente João Lourenço é um dirigente ímpar… Não parece cultivar os sentires e gemeres dos 20 milhões de pobres, “criados” pelas barrocas e colonialistas políticas económicas, que apenas atendem aos interesses do capital estrangeiro que, oito anos depois se transformaram em donos e senhores da soberania económica de Angola.

Por William Tonet

A visão abjecta do Executivo pode justificar as quilométricas viagens presidenciais, que gastam rios de dinheiro público…

Elas, endossam a lógica da supremacia rácica-ideológica de um partido, indiferente ao incremento do orçamento para se acabar com a fome, miséria e doenças da maioria dos autóctones.

Nas últimas visitas ao Egipto e a Índia, o Presidente João Lourenço e comitiva quantificável (quase todo governo), despesista e ineficaz do ponto de vista económico e financeiro, para a maioria dos cidadãos, mostrou a verdadeira aversão aos pobres autóctones de Angola.

Tanto assim é que, João Lourenço calcinou, de tal monta, a insensibilidade, que passou ao largo do fundamental: acordos industriais e comerciais, para o fornecimento, com carácter de urgência, o essencial. E, o essencial, para um executivo patriota, nacionalista seria, a obtenção de financiamentos egípcio e indiano, tendentes a redução da mortalidade infantil e juvenil, derivada da fome e miséria de responsabilidade exclusiva do presidente do MPLA.

Mais grave, foi, também, a mensagem de indiferença, para com os 20 milhões de pobres, obrigados a viver sem comer, ou a sobreviver, recorrendo aos “bancos alimentares do MPLA”: monturos e contentores de lixo…

Houvesse blindado comprometimento, para com os mais carenciados e a verdadeira peregrinação presidencial, seria direccionada para a aquisição, numa primeira fase de sementes, adubos e produtos alimentares (cereais e outros), mais concretamente: arroz; feijão; fuba; carne seca, entre outros, no agronegócio.

No domínio industrial, numa visão patriótica para um verdadeiro desenvolvimento e fomento de empreendedores angolanos, o executivo deveria reservar os milhões de dólares, para investir em pequenas e médias indústrias, visando deixar, por exemplo, que os camponeses do Huambo continuem a alugar enxadas, para o fomento da agricultura familiar e cooperativa, de acordo com “a orgulhosa”, mas “vergonhosa” afirmação do engenheiro Assis, ex-ministro da Agricultura de João Lourenço.

Recorde-se ser a Índia e China líderes na produção de pequenas unidades industriais, úteis para países em vias de desenvolvimento, como é o caso de Angola, avaliadas, a maioria, entre 100 a 250 mil dólares.

Fábricas de curtumes; sabão e sabonetes; pepsodente; ração animal; massa tomate; carne seca, massas, óleo alimentar, sumos e refrigerantes, licores, chás, cafés, bolachas, enchidos, alfaias, enxadas, pás, tractores, contentores frigoríficos, motociclos, televisores, baterias, pneus, rádios, silos móveis, contentores frigoríficos, medicamentos, entre outras…

Mas, o Titular do Poder Executivo, invertendo prioridades, opta do pedestal da sua autoridade “esmagar” o sonho de emprego e de três refeições ao dia, da maioria dos pobres, desviando um volumoso financiamento de 200 milhões de dólares, para o projecto individual de manutenção de poder.

O Presidente da República, que anda mais de avião (no ar), que de carro, nas ruas das cidades, onde meninos, mulheres, jovens e velhos, disputam, todos os dias, por sobejos e restos de comida, nos contentores, colocou todos os milhões para apetrechar as Forças Armadas.

O microscópico político mostra ser a via bélica a opção cimeira, do MPLA/João Lourenço, porque, no mais, que se multipliquem os 20 milhões de pobres, se fomente a pobreza e a miséria…

Triste sina, a dos angolanos, 50 anos depois do fim da primeira colonização (portuguesa de 500 anos), aos 11 de Novembro de 1975, confrontam-se, hoje, com outras mais perniciosas e “genocidas”, que a anterior…

Os novos colonizadores (especuladores ocidentais, asiáticos, árabes e fundamentalistas islâmicos), detentores de capital suspeito, muito de máfias sanguinária e de droga, têm uma procuração irrevogável de títulos de propriedade privada da concessão de parcelas importantes de terras, minas, florestas, a um perigoso capital estrangeiro.

Com o poderio económico, financeiro, alimentado por grandes grupos mafiosos, barões da droga, que entram e saem sem qualquer escrutínio, face a isenção de vistos de entrada de cidadãos de mais de 100 países, por decreto de João Lourenço, muitos barões do crime estão a sair da Colômbia, Estados Unidos, Brasil, El Salvador, Estado Islâmico, Boko Haram, Índia, China, Japão, Nigéria, para celestialmente, instalarem-se em Angola.

Mais grave, a legião dos fundamentalistas islâmicos, têm orientações de trazerem, até, quatro mulheres, para num espaço de 5 anos, gerarem 40 filhos, a máfia chinesa igualmente, tendente a, nos próximos anos, aumentarem a população, subjugando os autóctones a minoria populacional, tornando-a submissa a escravatura e exploração, tal como o são os índios nas Américas.

Por que a todos estes planos diabólicos, o Executivo do Presidente da República e do MPLA aplaude, tratando-se de estrangeiros, mas quando é o inverso, autóctones erguerem as vozes, em defesa das liberdades de manifestação, reunião, expressão, imprensa e movimento, bem como da democracia, o regime arremessa toda a sua brutalidade, com os meios bélicos de morte, contra os cidadãos indefesos.

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