Três agentes policiais foram gravemente atingidos por meliantes na noite desta quarta-feira, por volta das 23 horas, no exercício de trabalho de vigia e patrulhamento, na avenida Quima Quenta, bairro da Boa Vista, em frente do Pagena.
Por Domingos Miúdo
O confronto ocorreu quando a patrulha, chefiado pelo 2º subchefe Filipe Sulumuna, se deparou com a viatura de marca Suzuki, cor branca, na qual havia três indivíduos que levantaram suspeitas. A suspeição veio a confirmar-se. Após uma observação mais aproximada, a polícia percebeu que havia um cidadão feito refém a lutar no banco de trás.
Tão logo os meliantes deram conta de que tinham sido descobertos do delito em curso, ao sinal de paragem, aceleram a viatura na tentativa de fuga, daí começou a perseguição, tendo a patrulha da polícia sido mais rápida ao ponto de bloquear a via. Encurralados, os criminosos sacaram as armas e começaram a fazer os disparos contra a patrulha.
Bloqueada que estava a via, os meliantes aceleram a viatura e embateram contra a da polícia no lado direito, atingindo deste modo três agentes policiais que estavam na patrulha, ficando feridos com alguma gravidade. Resultados desta acção, danificaram-se, também, as duas viaturas envolvidas, tendo o automóvel policial quebrado pela lateral direito e a Suzuki em que seguiam os sequestradores a parte frontal.
Após o embate contra a viatura da polícia, os malfeitores abandonaram o carro e meteram-se em fuga pelo bairro, deixando o cidadão refém, vedado os olhos e amarrado tanto nas pernas como nos braços deitado no banco de trás.
O refém atende pelo nome de Eguimilson José Kembo Miguel, residente de Cacuaco, bairro Boa Esperança, taxista do aplicativo Yango.
Dado a isso, o militante do MPLA Francisco Rodrigues Jaime, fazendo menção ao superintendente-chefe Avelino José, nomeado em Janeiro deste ano para o cargo de comandante da Unidade de Reacção e Patrulhamento (URP) pelo comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Arnaldo Carlos, afirmou que o país está a beira do colapso, transformando-se num Brasil, em que o cidadão entra em guerra contra a Polícia Nacional com arma de fogo.
Entretanto, para que Angola seja salva deste colapso, Francisco Jaime sugeriu a efectivação de um sistema ditatorial pelo governo do país, algo que, de facto, já se vive na governação do MPLA. Francisco Rodrigues Jaime recomendou uma ditadura temporária por parte do Presidente João Lourenço, sendo com isso necessário a declaração de Estado de Sítio ou então que o país seja governado por uma junta militar.
“Quando o cidadão chega ao ponto de desrespeitar ou confrontar fisicamente as FAA, Polícia Nacional e outros órgãos de segurança nacional, significa que a legislação vigente no país anda errada, ponto”, disse.
“Por favor, meus superiores hierárquicos no MPLA e irmãos dirigentes da UNITA, imploro, por favor: unam-se para o bem do povo angolano, isto é, rasguem imediatamente o actual Ordenamento Jurídico Angolano, que está na base de uns prejudicarem tudo e todos ao seu belo prazer”, continuou suplicando por uma ditadura.
Para Francisco Rodrigues Jaime as medidas a serem tomadas contra quem transgride a lei devem ser as mais duras possíveis. Por exemplo, um cidadão que abusa sexualmente uma menor de idade, castração química (a castração química é uma intervenção hormonal para barrar a testosterona e reduzir a erecção, a libido e o desejo sexual); um cidadão que conduza sob efeito de bebida alcoólica, 10 anos sem licença de condução e multa de dois milhões de Kwanzas; um gestor público corrupto ou gatuno, 80 anos de prisão efectiva e ser confiscado todos os bens materiais que tiver; um cidadão que assassina alguém por ter se apoderado do bem deste, 100 anos de prisão efectiva, sendo sua refeição diária: 10 grãos de arroz no mata-bicho, 20 no almoço e 30 no jantar; a um vândalo de bens públicos, 50 anos de prisão efectiva, sendo tratamento na prisão igual idêntico ao passo anterior, etc..
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