PRESIDENTE NÃO TEM MÃOS A MEDIR

A construção de uma unidade hospitalar com melhores serviços oncológicos e o surgimento de unidades fabris para a produção de medicamentos e vacinas preocupam (quem diria? o Presidente da República, general João Lourenço. Mas será que o Presidente do MPLA e o Titular do Poder Executivo também estão preocupados?

O Chefe de Estado, após descerrar como é obrigatório a placa e visitar o Hospital Geral do Cuanza-Norte Mário Pinto de Andrade, esta terça-feira, 12 de Novembro, no município de Cazengo, disse ser também necessário a formação do pessoal que irá trabalhar na nova unidade oncológica que já está a nascer. Boa! Vamos ter um hospital que até, presume-se, vai ter médicos, enfermeiros etc..

Relativamente a unidades fabris para a produção de medicamentos e vacinas, o general João Lourenço gostaria que o investimento fosse de iniciativa privada. Tem razão. Não pode ser só o Estado (que, coitado, é pobre) a aguentar com os custos…

O Chefe de Estado destacou que o Executivo tem apelado ao sector privado, tanto nacional como estrangeiro, para que invista nesta área, com a garantia de que o Estado será o principal cliente da produção local, desde que seja devidamente certificada pelas autoridades competentes.

À imprensa, o general João Lourenço garantiu a continuidade na construção de mais unidades hospitalares dos três níveis (primário, secundário e terciário), com o objectivo de melhorar significativamente a qualidade da assistência médica e medicamentosa no país, coisa que o regime ainda não conseguiu garantir por estar no Poder há pouco tempo (49 anos).

“Estamos a inaugurar uma média de quatro a cinco unidades hospitalares deste nível por ano. Para o próximo ano, pensamos inaugurar o dobro da média, ou seja, pelo menos uma dezena de unidades hospitalares”, disse o Presidente. É obra. Como o MPLA é o partido que, a nível mundial, mais corruptos tem por metro quadrado, também será o que mais hospitais vai ter.

Para acesso fácil ao novo hospital do Cuanza-Norte, localizado na Estrada Nacional 230, o general João Lourenço sugeriu a criação de um desvio e, possivelmente, de uma rotunda, de modo a facilitar o acesso aos transportes que se dirigem ao hospital e reduzir o trânsito na Estrada Nacional. Quem sabe, sabe. O Governador provincial, João Diogo Gaspar, quase chorou perante a perspicácia do querido líder.

“São questões que os técnicos vão ter que ver, no sentido não só de evitar acidentes, por um lado, como também evitar que o ruído do tráfego na Estrada Nacional possa incomodar o desenrolar dos trabalhos nesta unidade hospitalar”, acrescentou o general dos generais..

A inauguração do Hospital Geral do Cuanza- Norte Mário Pinto de Andrade insere-se nas comemorações do 50.º aniversário da independência de Angola, a ser celebrado a 11 de Novembro do próximo ano.

A população da província do Cuanza-Norte passa a contar, pela primeira vez, com uma unidade hospitalar de referência, equipada com serviços médico-cirúrgicos avançados e especialidades como hemodiálise e politraumatismo.

A unidade inicia as suas actividades com 1.135 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes sociais e técnicos de apoio hospitalar, que vão garantir um serviço diversificado e de qualidade, de acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

Com capacidade para 200 camas, o novo Hospital Geral do Cuanza-Norte vai servir ainda como um centro de investigação, pesquisa e formação para reforçar a qualidade dos serviços prestados e promover a capacitação contínua dos profissionais de saúde.

“No âmbito do processo de especialização dos nossos recursos humanos, para garantirmos um atendimento de alta qualidade, entrarão em funcionamento o Internato Médico e o Internato de Enfermagem”, acrescentou Sílvia Lutucuta.

Por sua vez, ao proferir o discurso de boas-vindas, o governador do Cuanza-Norte, João Diogo Gaspar, destacou que a nova unidade sanitária vai beneficiar não só a população local, mas também das províncias vizinhas, como Malanje e Uíge, devido à sua gama de serviços.

“Já não haverá motivos para que a população do Cuanza-Norte recorra a outras províncias, tendo em conta que grande parte dos serviços de especialidades médicas estará disponível aqui no Hospital Geral”, referiu o governador.

João Diogo Gaspar apelou à população para cuidar e preservar a infra-estrutura, com valor para as gerações presentes e futuras.

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