Paulo Pombolo, secretário-geral do MPLA, partido no poder há 49 anos, apelou hoje aos angolanos que não desanimem devido situação socioeconómica, porque se tivessem desistido aqueles que ficaram “14 anos a sofrer nas matas” o país não seria independente. Aliás, dentro do espírito de resistência típico de quem tem, pelo menos, três refeições por dia, o MPLA garante que os angolanos vão conseguir apender a viver sem… comer.
Paulo Pombolo falava hoje à imprensa no final de uma marcha realizada no município do Kilamba Kiaxe, em Luanda, de apoio ao líder do MPLA, general João Lourenço, ao Presidente da República, general João Lourenço, ao Titular do Poder Executivo, general João Lourenço, e ao Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, general João Lourenço, e que – nas contas dos seus dirigentes que para contarem até 12 têm de se descalçar – mobilizou milhões de angolanos.
Este acto, segundo o primeiro secretário provincial do MPLA em Luanda, Manuel Homem, decorreu de uma directiva do Secretariado do Bureau Político, que orientou a realização de marchas, em todo o país, conduzidas pelos primeiros secretários municipais, para apoio a João Lourenço e às acções que o executivo tem vindo a implementar, nomeadamente à tentativa (que terá sucesso garantido) de entrar no “Guinness World Records” por – nos 49 anos de governo – ter criado o maior número de pobres por metro quadrado.
Segundo Paulo Pombolo, é preciso continuar a trabalhar, a investir na diversificação da economia e apostar na produção interna, apelando aos que criticam a governação actual para que não fiquem desanimados.
“Se tivessem desanimado os nossos mais velhos, que em 1961 pegaram em armas para libertar o país, e ficaram 14 anos a sofrer nas matas, hoje não estaríamos independentes, o povo angolano tem que acreditar no país que têm e na liderança que têm”, disse o político.
Por alguma razão, um desses mais velhos foi Agostinho Neto, o único herói nacional permitido pelo MPLA, o genocida responsável pelo assassinato de milhares de angolanos (cerca de 80 mil) nos massacres de 27 de Maio de 1977.
Em Luanda, o acto principal ocorreu no Kilamba Kiaxi, onde centenas de militantes se juntaram, manifestando apoio ao presidente do MPLA. Centenas? Não. Não pode ser. Milhares? Não. Não pode ser. Milhões, certamente…
O dirigente do MPLA salientou que os militantes saíram à rua para saudar a iniciativa de João Lourenço, que recentemente reuniu com os coordenadores dos Comités de Acção do Partido (CAP), as estruturas de base do partido.
“Nós é que elegemos o líder em 2021, e quando se elege um líder, o papel dos militantes é apoiar esse líder para cumprir o seu mandato, para cumprir com a sua moção de estratégia, é isso que os militantes do MPLA, que saíram à rua hoje, quiseram demonstrar para o mundo e para Angola”, disse Paulo Pombolo, afirmando que o partido “não está dividido”. Aliás, choveram logo manifestações de apoio dos angolanos espalhados por todo o mundo (e arredores), bem como das maiores referências políticas mundiais, da Coreia do Norte à Guiné-Equatorial.
“Continuamos a dizer isso, o MPLA é o MPLA que veio das matas em 1956, o MPLA que proclamou a independência em 1975, é o MPLA que conquistou a paz, é o MPLA que está a criar condições à nossa Angola, não existem dois MPLA, o MPLA é único, o MPLA de Agostinho Neto, de José Eduardo dos Santos e de João Manuel Gonçalves Lourenço”, declarou o Pombo(linho) amestrado.
No dia 4 de Março de 2022 (ano de eleições), o secretário-geral do MPLA dirigiu aos dirigentes do partido e militantes, uma mensagem mobilizadora e de convencimento “para atrair mais eleitores”. Para a Oposição foi muito bom que o MPLA ponha Paulo Pombolo a falar, se possível todos os dias e, até, mais do que uma vez por dia.
Paulo Pombolo discursava na abertura da I Reunião Metodológica Nacional sobre a Organização do Trabalho do MPLA para analisar a directiva sobre o trabalho a ser realizado antes, durante e depois das eleições gerais.
“A nossa mensagem política deve ser mobilizadora e de convencimento para atrair mais eleitores. Temos vários elementos que sustentam a nossa palavra, não falamos em vão e nem tão pouco no vazio”, referiu Paulo Pombolo na sua intervenção emitida pela rádio privada do MPLA. Pública só é para receber os financiamentos que são roubados ao Povo.
Segundo Paulo Pombolo, o discurso do partido é “de obras e de realizações visíveis, que vão resolvendo os problemas do povo”, razão pela qual o MPLA já tinha “reduzido” o número de pobres para… 20 milhões.
“Os cabos eleitorais do MPLA devem incidir a sua acção nas comunidades, identificando os potenciais eleitores, homens, mulheres, jovens, antigos combatentes e outros segmentos da população, apelando o voto no MPLA”, exortou. É, aliás, um trabalho simples, como muito bem sabe Paulo Pombolo. O que volta a ser mais complicado é evitar que, como nas eleições anteriores, em algumas secções de voto apareçam mais votos do que eleitores inscritos.
No encontro participam os primeiros secretários provinciais do partido, membros do secretariado das comissões executivas dos comités provinciais, direcção executiva da OMA [órgão feminino do partido], do secretariado nacional da JMPLA [órgão juvenil do partido], deputados e directores do Comité Central.