MELHOROU O INDICADOR DO CLIMA ECONÓMICO

A melhoria da confiança, essencialmente dos empresários da indústria transformadora, influenciou o aumento para 11 pontos do Indicador do Clima Económico angolano no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados são citados numa análise do Banco Millennium Atlântico, feita a partir da Folha de Informação Rápida sobre a Conjuntura Económica às Empresas, na qual o Instituto Nacional de Estatística revela que o referido indicador registou um aumento de três pontos em relação aos últimos três meses de 2023.

O estudo indica que o sector da indústria transformadora passou de quatro pontos no quarto trimestre de 2023 para 13 pontos nos três primeiros meses do ano em curso. Também os sectores dos transportes passaram de 10 pontos para 24, o comércio de 12 para 16 pontos e o turismo de 14,7 para 16,4 pontos.

A publicação do INE, que ilustra a situação de sete sectores, submeteu a inquérito também à indústria extractiva, construção e comunicação.

De forma resumida, o estudo apresenta as tendências do Indicador de Confiança (IC) dos sete sectores, tendo por base a resposta ao Inquérito de Conjuntura do I Trimestre de 2024, às empresas seleccionadas, cujo objectivo é analisar o ambiente de negócio em Angola.

A maior parte dos sectores em análise apresentaram tendência positiva e Conjuntura Económica às Empresas favorável, ou seja, o ambiente de negócios no trimestre em apresso é favorável. Não obstante a evolução negativa dos Indicadores de Confiança dos sectores do Comércio e do Turismo, em relação ao período homólogo, a Conjuntura Económica é favorável para ambos os sectores, pós os Indicadores apresentaram tendência positiva e permaneceram acima da média da série.

A Conjuntura Económica é favorável para os sectores da Indústria Transformadora e dos Transportes, porque os Indicadores de Confiança apresentaram tendência ascendente, evoluíram positivamente em comparação ao trimestre homólogo e permaneceram acima da média da série.

O Indicador de Confiança do sector de Indústria Extractiva manteve uma ligeira estabilidade em relação o trimestre anterior, evoluiu positivamente em comparação ao período homólogo e permaneceu acima da média da série. A Conjuntura Económica permaneceu favorável no I trimestre de 2024.

Os resultados do inquérito qualitativo de conjuntura não são apresentados em termos quantitativos, ou seja, quanto foi ou cresceu a economia, mas sim em como variou o comportamento ou a tendência da economia (por exemplo, aumento, diminuição, estabilização). Os números representam a intensidade das principais variáveis do indicador de confiança (IC) dos sectores da Indústria Extractiva, Indústria Transformadora, Construção, Comércio, Turismo, Comunicação e Transportes, tendo em conta as opiniões de 1.638 empresas distribuídas nas 18 províncias, objecto de observação.

O Indicador de Clima Económico (ICE) é um instrumento de avaliação das expectativas dos empresários sobre a evolução da economia no curto prazo. Este indicador é resultado da média aritmética simples dos Saldos das Respostas Extremas (SER) das variáveis que o compõem nos diferentes sectores, após a sua normalização e aplicação da média móvel.

Em termos de amostra por sectores temos a Indústria Extractiva: constituída por 38 empresas com maior relevância na economia. A província de Luanda apresenta maior número de empresas com 36, seguida do Uíge e Cabinda com 1 empresa cada.

Indústria Transformadora: constituída por 290 empresas distribuídas por Luanda com 194, Benguela com 31, Huíla com 19, Namibe com 12, Huambo com 11, Cabinda com 5; Bengo e Cuanza Sul com 3; Cuanza Norte, Cunene, Lunda Sul, Malanje e Uíge com 2; Lunda Norte e Zaire com 1, respectivamente.

Construção: 104 empresas, das quais, Luanda com 84, Huíla com 5, Benguela com 4, Huambo 3; Cunene e Lunda Sul com 2; Cabinda, Cuanza Norte e Zaire com 1 empresas respectivamente.

Comércio: 907 empresas de maior relevância no sector, onde Luanda conta com 667, Benguela com 55, Huambo com 36, Huíla com 34, Cabinda com 17, Namibe com 15, Cuanza Sul com 12, Bengo com 10; Cunene e Malanje com 9; Bié e Uíge com 8; Lunda Sul com 7; Lunda Norte com 6; Cuando Cubango e Zaire com 5; Cuanza Norte e Moxico com 2.

Turismo: 216 empresas mais representativas do sector. A província de Luanda apresenta maior número com 158, seguida de Benguela com 17; Cabinda, Huambo e Huíla com 7; Moxico com 4; Malanje e Namibe com 3; Lunda Sul e Zaire com 2; Bengo, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Lunda norte e Uíge com 1 respectivamente.

Transportes: 74 empresas, das quais Luanda com 66, Cabinda com 3; Benguela e Namibe com 2, Bié com 1.

Comunicação: 9 empresas, todas localizadas em Luanda.

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