Com a entrada em funcionamento do Aeroporto Internacional (genocida) António Agostinho Neto (AIAAN) e a acessibilidade por via ferroviária e rodovia, o Governo angolano augura quadruplicar o registo de 140 mil turistas por ano.
A pretensão foi manifestada pelo ministro do Turismo, Márcio Daniel, em Luanda, durante a visita de constatação das condições das vias de acesso ao AIAAN, realizada pela Presidente da República, general João Lourenço, que se fez acompanhar pelo Presidente do MPLA, general João Lourenço, pelo Titular do Poder Executivo, general João Lourenço, e pelo Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, general João Lourenço.
Márcio Daniel disse ser possível alterar o quadro com essa infra-estrutura (aeroportuária) pelo facto de o país ter uma oportunidade soberana de diversificar o programa de “Stop-over”, criar paragens curtas, ligações para os destinos finais a partir de Angola e trabalhar com a indústria, a partir dos países emissores, com o propósito de colocar Angola como um destino a ter em conta nos “tours” internacionais.
“Nós temos previsto, em trabalho com o sector dos transportes e com a nossa transportadora, um programa chamado Stop-over Angola, que vai permitir que nós busquemos grande parte do fluxo de turistas que existe na nossa região”, revelou Márcio Daniel.
Segundo o ministro, Angola conta com destinos turísticos já consolidados a nível da região, como é o caso da África do Sul, Namíbia, Zâmbia, Zimbabwe e Botswana.
Além disso, Angola pertence ao projecto da Área Transfronteiriça de Conservação do Okavango Zambeze (KAZA) e a região representa cerca de oito milhões de turistas.
Com o novo aeroporto internacional, disse o ministro, Angola tem a possibilidade de retirar parte deste fluxo que tem com estes países, para que, antes dos turistas chegarem aos seus destinos, façam uma paragem em Angola.
Para o governante, esta medida servirá para mostrar as potencialidades turísticas e o início da exploração da parte angolana da região do Okavango.
Recorde-se que com o objectivo de simplificar e agilizar o processo de obtenção de vistos de turismo, cidadãos de 98 países estão isentos de visto para entrar em Angola.
A informação consta do Decreto Presidencial n.º 189/23. O documento explica que os cidadãos de países beneficiários poderão usufruir da isenção de vistos de turismo, podendo permanecer até 30 dias por entrada e até 90 dias por ano.
E QUE TAL TURISMO DE TERROR?
O Governo angolano está a envidar “enormes esforços” para desenvolver o turismo, que ajuda a diversificar as receitas do Estado e criar empregos directos e indirectos, reconheceu no passado dia 6 de Maio o director para África da Direcção Nacional de Turismo de Marrocos, Admed Oumaarir.
E tem razão. Veja-se que, em Abril, um navio cruzeiro denominado “CH Vega”, proveniente da Cidade do Cabo, África do Sul, atracou no Porto do Namibe com… 29 turistas. Que melhor prova dos “enormes esforços” do Governo poderemos querer?
É também de crer que o MPLA resolva agora dar um impulso decisivo ao turismo. Numa versão mais “soft” a aposta deve ser nos safaris turísticos nas lixeiras, onde os turistas poderão fotografar essas criaturas parecidas com pessoas que nelas se alimentam…
Em declarações à ANGOP, o director para África da Direcção Nacional de Turismo de Marrocos, Admed Oumaarir, realçou que os esforços das autoridades angolanas “são visíveis” na construção de grandes infra-estruturas que vão melhorar o turismo, no país.
Admed Oumaarir falava no quadro da sua participação na sétima edição da Bolsa Internacional de Turismo (BITUR 2024), realizada de 2 a 4 de Maio corrente, na cidade do Lubango, capital da província da Huíla.
Citou como exemplo o novo aeroporto internacional de Luanda, assassino António Agostinho Neto, inaugurado recentemente no sudeste da capital do reino, com capacidade para receber os maiores aviões comerciais da actualidade.
A infra-estrutura será um dos maiores aeroportos de África, podendo movimentar, anualmente, até 15 milhões de passageiros e 50 mil toneladas de carga diversa numa superfície de 1.324 hectares, sendo ela própria uma pedra basilar do chamado turismo do terror, se para tal os guias turísticos tiverem engenho e arte. Nem todos os países podem gabar-se de ter como único herói nacional um genocida responsável pelo massacre de milhares de angolanos, em Maio de 1977.
Com duas pistas duplas, foi concebido para receber os aviões B747 e A380, actualmente os maiores aviões comerciais, não se sabendo, ainda, se nos voos de aproximação à pista sobrevoam os locais onde poderão estar enterrados alguns milhares angolanos mandados assassinar por gostinho Neto.
Admed Oumaarir ficou igualmente impressionado com o desenvolvimento da zona turística de Cabo Ledo, a cerca de 120 quilómetros a sul de Luanda, que oferece, segundo ele, boas vistas panorâmicas, um ambiente descontraído e a possibilidade de desfrutar do sol e do mar.
O director do turismo marroquino elogiou ainda o Governo angolano pela organização da BITUR 2024, que, no seu entender, proporcionou um fórum de reflexão e partilha de experiências entre países irmãos.
Um dos objectivos do evento foi apresentar as potencialidades turísticas de Angola e as iniciativas institucionais existentes no sector a nível nacional, bem como trocar ideias e partilhar experiências.
Admed Oumaarir admitiu que o certame permitiu, efectivamente, abrir um debate com profissionais e intervenientes do sector, a fim de obter recomendações importantes para o desenvolvimento do turismo. Na sua óptica, a realização deste evento “é um forte sinal” de que as autoridades angolanas estão determinadas a promover o sector do turismo.
Nesta sua primeira visita a Angola, disse ser difícil falar com exactidão sobre o potencial turístico do país, mas manifestou-se impressionado pelo “calor humano” e pelo acolhimento dos angolanos. “Constatei também que o país tem muitas praias bonitas, uma diversidade de paisagens, bem como uma flora e fauna muito ricas”, referiu.
Sob o lema “O turismo como factor chave na diversificação da economia angolana”, a sétima edição da BITUR contou com a participação de representantes de Angola, África do Sul, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Moçambique, Marrocos, Portugal, Zâmbia e Zimbabwe.
Em defesa das potencialidades do turismo de terror em Angola, recordamos a visão estratégica que o general João Lourenço já tinha há muito sobre esta fonte de receitas. Estávamos a 17 de Setembro de 2016. O então ministro da Defesa de Angola e vice-presidente do MPLA, general João Lourenço, denunciou tentativas de “denegrir” a imagem de Agostinho Neto, primeiro Presidente angolano.
Recorde-se que o Presidente general João Lourenço, pediu ao novo ministro do Turismo (Márcio Daniel) aquilo que já tinha pedido ao anterior titular da pasta, que o Titular do Poder Executivo (João Lourenço) tinha solicitado ao anterior do anterior, sendo que o Presidente do MPLA, João Lourenço, havia feito ao anterior do anterior e que este fizera ao seu antecessor….
Ou seja, o Presidente quer um diagnóstico para apurar por que razão o país não conseguiu ainda “verdadeiramente atrair turistas”, apesar de “todas as condições que Angola tem”. Numa linguagem mais terra-a-terra, João Lourenço quer saber porque razão as couves plantadas com a raiz para cima… morrem.