Angola prevê, até 2050, reduzir a taxa de desnutrição aguda e grave de crianças menores de cinco anos a zero por cento, avançou o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca. Isto, é claro, se o MPLA continuar no lugar que ocupa desde 1975, ou seja, ser o dono do reino.
Por Orlando Castro
O vice-presidente falava no workshop sobre “os desafios da segurança alimentar e nutrição em Angola”, organizado em Luanda pela Assembleia Nacional.
Segundo o primeiro-vice-presidente, o plano de Desenvolvimento Nacional (PND) 2022-2027 prevê igualmente a redução da percentagem de mulheres casadas antes dos 16 anos a zero por cento.
“Na sequência das agendas 2030, das Nações Unidas, e 2063, da União Africana, Angola prevê, no seu plano de acção, reduzir as desigualdades sociais, erradicando a fome e a pobreza extrema, promovendo a igualdade do género e solucionando os desafios multidimensionais e tansversais à elevação da qualidade de vida das populações”, disse.
Na sua intervenção, lembrou que Angola ainda enfrenta desafios significativos relacionados com a segurança alimentar e acesso aos serviços de saúde de qualidade, e considerou fundamental a segurança alimentar, uma vez que garante uma vida saudável e digna para a população.
Américo Cuononoca, perito de alto gabarito do MPLA com pós-doutoramento em não saber o que diz e não dizer o pouco que sabe, realçou que o país ainda tem um número considerável de crianças vivendo com múltiplas privações relacionadas à nutrição, saúde e educação.
Por isso, defendeu a necessidade de se analisar e reforçar as medidas e políticas públicas que garantam uma nutrição adequada das famílias, solidificando as bases da sociedade. E se quase 50 anos não chegaram, venham (pelo menos) mais 25.
O deputado disse haver toda uma necessidade de infra-estruturas e de políticas públicas eficazes para a promoção da produção agrícola e pecuária, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional no país. Ou seja, diria qualquer cidadão com um mediano quociente de inteligência, Angola ainda está longe de atingir os patamares de desenvolvimento que tinha em 11 de Novembro de 1975.
No início de 2021, sem citar nomes, como é típico dos cobardes e, por isso, essencial no ADN do MPLA, o então presidente do grupo parlamentar do MPLA, Américo Cuononoca, denunciou a existência, no país, de políticos que recorrem à manipulação de jovens, com vista à desacreditação das instituições e à violação do “jogo democrático”. Certamente que a sua própria carapuça serviu também, com precisão milimétrica, no seu chefe, João Lourenço.
Depois de se ter descalçado para poder contar até 12 com a ajuda dos dedos dos pés, o deputado, que zurrava durante a sessão plenária da Assembleia Nacional, disse ser obrigação da presente geração de políticos deixar um legado recheado de princípios democráticos, convivência pacífica, tolerância, respeito pelo património público e unidade na diversidade.
Américo Cuononoca, perito em ventriloquia, condenou os actos de violência, intimidação e coacção protagonizados por apoiantes do Presidente cessante dos Estados Unidos da América, Donald Trump, contra os congressistas norte-americanos. Considerou o acto uma “atitude contra a democracia e a liberdade dos congressistas e deputados americanos”.
Cuononoca também teria condenado os crimes cometidos pelo seu partido se, por acaso, não tivesse o cérebro nos intestinos e a coluna vertebral tão perto do ânus que, quando fala, a têm de ir buscar à latrina.
“Não podemos deixar de manifestar a nossa tristeza pelos acontecimentos ocorridos nos EUA, no calor da disputa eleitoral, sendo o mundo surpreendido pela violência, intimidação e coacção contra os congressistas pelos manifestantes que se introduziram no Capitólio, o Parlamento”, exprimiu Cuononoca numa clara demonstração de que, desde que o chefe mande, há sipaios capazes de dormir com o José Maria e jurar que dormiram com a Maria José, desejosos de “dar o cu e três tostões” para satisfação do chefe.
O deputado manifestou a solidariedade do MPLA com o povo americano, lembrando que a guerra pós-eleitoral ocorrida em Angola, no período de 1992 a 2002, também teve a condenação da comunidade internacional, em especial do Conselho de Segurança da ONU. Se fosse um ser erecto, se não fosse um invertebrado, teria coragem para – por exemplo – falar dos massacres de 27 de Maio de 1977, entre muitos outros crimes cometidos pelo seu partido. Se em vez de ter deputados como Américo Cuononoca, o MPLA lá tivesse descendentes da “Cheeta” os resultados seriam melhores.
O sipaio parlamentar do MPLA, partido no poder em Angola desde 1975, disse em Janeiro de 2020 que o seu partido “não tem medo” das eleições autárquicas, afirmando ser “o mais interessado”. Claro que não tem medo. Nesta altura talvez até já pudesse divulgar os resultados eleitorais…
“Nas eleições de 2017, dos 164 municípios do país o MPLA ganhou 156, isto é para ter medo? O MPLA é um partido de consenso, é uma máquina que trabalha, prepara muito bem, não tem medo”, afirmou o presidente do grupo parlamentar do MPLA, o “cheetariano” Américo Cuononoca.
Ora aí está. E nos 164 municípios só não ganhou 180 porque não quis. 180 se só existiam 164? Perguntarão os nossos leitores. Pois é. Mas se o MPLA já nos habituou a ter em determinados círculos eleitorais mais votos do que eleitores inscritos, se consegue até que os mortos votem no MPLA, se até não temia ter Américo Cuononoca como chefe de posto parlamentar (hoje vice do Parlamento), nada é impossível para quem é patrão, entre outros organismos, da CNE (Comissão Nacional Eleitoral).
Segundo então líder parlamentar do partido dirigido pelo “querido líder” João Lourenço, “é uma falsa expectativa” pensar-se que o seu partido tenha medo das eleições autárquicas porque “quem está mais interessado para que estas eleições se realizem é o MPLA”. Mentira, é claro. Por alguma razão o MPLA tem adiado sucessivamente essas eleições. Mas, como diria qualquer símio, Angola é do MPLA.
“Não há outro partido mais interessado em realizar eleições autárquicas que são uma promessa eleitoral. Prometemos realizar eleições autárquicas neste mandato, de tal sorte que o MPLA ter medo? Pelo contrário”, notou Américo Cuononoca.
Pois é. E promessas são coisas que não faltam ao MPLA. Já em 1975 Agostinho Neto prometeu resolver os problemas do Povo e o resultado (20 milhões de pobres, por exemplo) está à vista. Aliás, o querido presidente do Américo Cuononoca conseguiu – reconheça-se – resolver o problema dos milhares e milhares (cerca de 80 mil) de angolanos que mandou assassinar nos massacres de 27 de Maio de 1977.
Américo Cuononoca realçou que “ainda há muito tempo para se trabalhar no processo autárquico”. Tem razão, reconheça-se. Consta, inclusive, que o MPLA já mandou a CNE recolher os votos antecipados para todas as eleições que se venham a realizar. Toda a fauna está a ser contactada e já aderiu. A única excepção é dos chimpanzés que, embora reconhecendo o parentesco com os “cuononocas” do reino, entendem que o seu QI (Quociente de Inteligência) é muito superior.