O Executivo do MPLA, o mesmo há 49 no Poder, aposta (de acordo com a sua crónica e inócua propaganda) na formação geral e na especialização de profissionais de saúde, paralelamente à implementação dos projectos de construção de infra-estruturas sanitárias em curso no país.
O Presidente da República, general João Lourenço, falou sobre essas acções do Executivo esta segunda-feira, 21 de Outubro, no final da inauguração e visita ao Hospital Geral do Sumbe, baptizado com o nome Comandante Raúl Díaz Arguelles, em homenagem a mais um militar cubano que ajudou a matar os angolanos maus, os que não eram das FAPLA, e por falta de angolanos dignos de “dar” o nome a um hospital.
Na ocasião, o Chefe de Estado (ele próprio um general das FAPLA) justificou que a aposta visa fazer corresponder o número de profissionais ao investimento que está a ser feito em infra-estruturas, para que os profissionais estejam à altura de tirar o melhor rendimento possível dos equipamentos de ponta instalados nas unidades, sobretudo as do nível terciário, e que não impedem o próprio general João Lourenço se deslocar ao estrangeiro quando precisa de tratar uma… bitacaia, apesar de o reino poder efectuar cirurgia robótica nas suas unidades hospitalares de referência.
(Auxiliar de leitura para os dirigentes do MPLA. Bitacaia: Insecto díptero da família dos tungídeos (Tunga penetrans), frequente em regiões quentes, que se pode introduzir na pele dos hospedeiros e provocar ulcerações. Origem etimológica: umbundo ovitakaia.)
“Não basta comprar equipamentos, precisamos é de procurar tirar o maior rendimento possível desses mesmos equipamentos que estão a ser instalados. De outra forma não teria valido a pena o investimento que está sendo feito”, sublinhou.
Por outro lado, o general João Lourenço frisou que o saneamento básico das cidades é outra componente que concorre para a saúde pública e que não tem muito a ver com o sector da saúde. Tratou-se, reconhecemos, da descoberta da roda, só ao alcance de gente superior, mesmo que tenha de se descalçar quando necessita de contar até 12.
Para o Chefe de Estado, as cidades, em termos de saneamento básico, se estiverem bem, não haverá acumulação de lixos, acumulação de água, fontes de criação de mosquitos e de outros bichos que são prejudiciais à saúde humana. Ou seja, se conseguirem fazer o que os portugueses já faziam há… 50 anos.
“Com certeza, estaremos a concorrer para o bem-estar dos angolanos na vertente da prevenção. Portanto, evitar que as doenças surjam reduz-se a pressão sobre os hospitais”, referiu.
À espécie de imprensa que tem ao seu dispor e que é sustentada pelo dinheiro roubado ao Povo, João Lourenço recordou a construção do novo hospital Oncológico, a ser erguido na província de Luanda, e esclareceu, não haver capacidade para fazer em mais províncias, por enquanto.
“Entendemos que a cidade (Luanda) que tem cerca de um terço da população do país é onde devemos começar por criar as melhores condições para o combate às doenças do foro oncológico, que é um dos handicaps que temos neste momento”, justificou o general com o seu brilhantismo dialéctico e analítico.
Por outro lado, explicou que o país já deu passos importantes em termos de combate a doenças de insuficiência renal, com vários centros de hemodiálise espalhados pelo país, bem como – acrescentamos nós – ao estratégico plano de ensinar os angolanos pobres (20 milhões) a viver sem comer.