Eu não sou oposição! A ala fascista do MPLA/Estado, sim! Esta gentalha que desonra o MPLA/Original, discrimina, humilha, ostraciza, prende, arbitrariamente e, bastas vezes, assassina, masoquistamente. A afirmação é peremptória! ASSUMO! Ao longo dos anos tenho sido vítima e, agora, na esquina do ano, sob nova e requintada espiral de ameaças, exigem-me contenção, abandono de pensamento, para abrir alas, aos delírios maléficos.
Por William Tonet
Não me demito de escrutinar, enquanto jornalista, a fanfarra fascistóide causadora de um mal incalculável aos povos angolanos, desde 1975. São 45 anos! Não os temo, simplesmente, porque tenho nome, endereço, domicilio certo e cidadania do bem, diferente da escória, que falha de argumentos, recolhe a covardia dos arsenais bélicos, Eu, sou posição! Transporto um facho de orgulho autóctone, angolano, africano, dos meus antepassados, que nasceram AQUI! Luto em nome dos valores das liberdades, emprestando, sempre, que necessário, a minha micro soberania, o frágil e desarmado corpo as balas assassinas, visando a implantação de uma democracia, que tem sido sequestrada, aprisionada, fraudada e assassinada, por uma casta, que teima em não emprestar seriedade, para a implantação de um verdadeiro projecto- país, com um PACTO DE REGIME DE TRANSIÇÃO, uma vez Angola não precisar de um novo xerife, mas de um líder nacionalista e independente das potências capitalistas mundiais.
O cenário partidário eleitoral de 2021, será dantesco, imprevisível, assassino, contra os democratas e não bajuladores ao “ancien regime”, se pretenderem formar partidos políticos, em homenagem aos artigos 4.º e 17.º da Constituição, fundamentalmente, sempre que se assumirem contrários a orientação presidencial.
Os dados foram lançados!
Abel Chivukuvuku e o PRA-JA foram as primeiras vítimas da exclusão e discriminação do consulado de João Lourenço, contando com a abjecta e anti-jurídica cumplicidade do Tribunal Constitucional, um órgão com uma maioria de juízes, cada vez mais especializados em assassinarem o direito, em nome da subserviência partidocrata.
O acórdão do Tribunal Constitucional que indeferiu o projecto político PRA-JA – Servir Angola, não parece uma peça jurídica, esgrimida por competentes juízes, cuja tarimba deveria estar espalmada na competência e riqueza dos fundamentos científicos, mas de finalistas do curso de direito partidário.
“Nós não pleiteamos com um órgão de soberania, mas contra um monstro, que age com ódio, raiva e faz acusação caluniosa, com a forja de documentos, para nos afastar do jogo político, por temor do presidente do MPLA que manda no Tribunal”, acusa Manuel Gonga da Comissão Instaladora.
A humilhação, discriminação e tribalismo “etno-ideológico”, envergonha, todos os verdadeiros amantes e fazedores do direito democrático, pois o Tribunal, na verdade, num dado momento, deixou-se arrastar na lama da suspeição.
“Chivuku foi banido, por ter carisma, ser poliglota e ser do Sul, quer se queira quer não, o MPLA tem uma veia tribal, que suplanta ter membros e dirigentes do Sul, pois é uma vertente com sombrinha camaleónica, que privilegia o pensamento Kimbundu”, assegurou Gonga.
Mas se no plano partidário externo o quadro é sinuoso, no interior do partido do regime: MPLA, quando se esperava que João Lourenço fosse a solução, converteu-se, por “motu proprium” em problema.
Para assumir o seu consulado apostou na divisão, na ruptura, na perseguição dos potenciais sucessores e dos capazes de se lhe oporem num terreno em que é muito frágil, o confronto de ideias.
Quando o presidente do MPLA á mais de 11 meses de distância da realização do congresso do MPLA (Dezembro 2021), antes mesmo dos votantes escolherem os candidatos, já Lourenço tem certeza de que haverá uma grande purga, quando a solenidade da democracia reside, na imprevisibilidade da massa votante, capaz de contornar as mais fiáveis sondagens.
Se um dirigente não consegue ser mais que xerife, destilador de temor, terror e tacada, quando deveria preocupar-se em estagiar para se converter em líder, converte-se num futurologista perigoso, capaz de certezas absolutas e indiferente à vontade de escolha dos demais. Ter certeza numa (mais que previsível) varredela histórica, dos seus ex-camaradas da “gamelaça” financeira, em cerca de 70% (renovação espúria), por meninos “jobs for boys” e “yes man” (sim chefe), sem estória partidária, mas autênticos bajuladores da corte da vez, o MPLA, (in)convictamente, mostrará, o repristinar das práticas monstruosas de Agostinho Neto, que eliminava, pelo assassinato moral ou físico, os adversários ou inimigos internos e, quando não o fizesse, por pressão internacional, montava a máquina diabólica da comissão eleitoral da fraude e batota (foi assim no Congresso de Lusaka de 1974 e na chacina de 27 de Maio de 1977, com o assassinato de opositores).
Esta comissão partidária, depois replica-se ao nível do país, desembocando na CNE (Comissão Nacional Eleitoral), tentáculo principal do MPLA, secundada pelo Tribunal Constitucional, que, numa querela jurídico-constitucional (1975, Acordos do Alvor; 1992, primeiras eleições gerais; 2008, eleições legislativas; 2012, eleições gerais) opta sempre pela adopção de normas ideológicas, constantes nos estatutos e programa do MPLA, ao invés das jurídicas, da lei e da Constituição.
Será a consagração oficial, do “partido-gado”, violador dos ditames democráticos e, com isso, teremos a afirmação da NOVA DITADURA, indiferente à vontade popular, de alternância através do voto popular, em eventuais Eleições Gerais, em 2022.
A implantação do fascismo/ditadura de Estado, nunca esteve tão próximo na vida dos angolanos, se a oposição e os intelectuais continuarem, ingenuamente, a acreditar, que alguma vez, a CNE, filha do MPLA (detém a maioria) e a comunidade internacional (CPLP; SADC; União Africana; União Europeia; ONU), mais ligada aos interesses financeiros que os democráticos, em África.
A incompetência governativa campeia, a fome cresce, a miséria, rompe a barreira de som, o desemprego atinge números astronómicos, o dinheiro fugiu, a comunidade internacional não tem confiança, mas intriga o facto do presidente não estar preocupado, em alterar o quadro social, muito próximo da explosão. Porquê? Simples, as Forças Armadas, a Segurança de Estado e a Polícia estão ao seu lado, distantes da cidadania, logo órgãos não republicanos.
Se assim não fosse, a menos de dois anos das eleições gerais, teria percepção do lamaçal de erros, com a criação de tantos anti-corpos, quer no seio do MPLA, como no da economia, da sociedade, da classe política, etc. e tentaria corrigir o alvo, arrepiando caminho inverso, mas ao que se observa, João Lourenço nunca esteve, “malandramente”, comprometido com a democracia, o combate à corrupção, o desenvolvimento económico e a soberania económica, mas a implantação de uma ditadura severa (capaz de eliminar, das mais variadas formas, adversários, políticos e intelectuais da sociedade civil), com pretensão de se manter no poder para lá de 2027.
Tanto assim é que, em três anos ele teve o mérito de “assassinar”, também, a liberdade de imprensa, monopolizar a maioria dos órgãos de comunicação social, públicos e privados, recriando, ainda, o exército de “bajuladores-comentadores”, monitorados pelo novo Grecima e ERCA.
Mas, ainda assim, seguramente, em consciência, votarei, lutarei, guerrilheiramente, em 2022, para não ser cúmplice da implantação de ditadura mais feroz que a anterior e, com isso, podendo, calcinar na mais alta magistratura do Estado, a incompetência, a ladroagem, a batota, a corrupção, o peculato e o nepotismo.
A urna do meu voto, não será a do “regabofe partidocrata”, da fraude, da putrefacção ideológica, mas a URNA da liberdade, da mudança, da democracia sonhada, capaz de cheia de votos de mudança, resistir a eventuais tentativas de roubo, por parte da CNE, com o apoio da Polícia política, dos tribunais, dos juízes batoteiros e da crónica, cínica e cúmplice comunidade internacional.
Veja-se o cenário dos observadores: União Europeia, comprometida, com os negócios comerciais e manutenção de ditaduras; União Africana, antro anti-democratico de ditadores; ONU, organização engajada com a democracia para africanos; FMI e Banco Mundial parceiros comerciais, interessados no dinheiro, matérias-primas e empréstimos financeiros.
Estas organizações, na verdade nunca estiverem interessados em ter boa governação e democracia em Angola, África, mas dirigentes fracos e manietados, que lhes escancaram as portas para o (neo)colonialismo económico.
Os cidadãos democratas, apartidários e amantes da Angola cidadã “VÃO GOSTAR, EM 2022” de reivindicar nas ruas, vielas, becos, sanzalas e bualas, através de uma verdadeira, pacífica e sem armas, REVOLUÇÃO SOCIAL, uma nova independência, capaz de apontar a clique do poder, o slogan: “VAIS GOSTAR”, face a implantação da política do ódio, a destruição do empresariado angolano, a venda das grandes empresas nacionais, ao capital estrangeiro por “tuta e meia”, num monstruoso crime de traição à pátria… E, com isso, a alternativa será o de lhes mostrar o mesmo caminho, trilhado pelo brutamontes e boçal Donald Trump, arrepiado do poder, sem ter tido a possibilidade de cumprir um segundo mandato.
A ala fascista do MPLA/Estado, não pode continuar impune a afundar a economia, aumentar o desemprego, a inflação, a alta dos preços da cesta básica e a venda do tecido empresarial, ao capital estrangeiro, sem que se levante a indignação da intelectualidade nacionalista do país, Oposição e também do MPLA, para dar um basta, a tantas borradas cometidas, capazes de nos levarem a guerra militar, opção mais desejada das forças do MAL, alojadas no poder.