MPLA está a vender o país ao capital estrangeiro

O MPLA, definitivamente, com base na estratégia do seu presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço, está a vender o país ao capital estrangeiro. É um crime contra a soberania angolana, principalmente por estar a ser em tempo de crise, onde os que detém poder e dinheiro se unem como uma verdadeira matilha de cães selvagens, para devorar os pobres, os 20 milhões de pobres.

Por William Tonet

O ano foi ali. Não volta! É passado. No fim da linha, ficou! E, quando mais se esperava, 2020, não “kandandou” (abraçou) 2021, com fundado receio de contaminação, dado os traços epidemiológicos, que os clona… É uma obra do ocaso? Não! É o quadro da incompetência, competente de um quadro regimental, incapaz de conferir, ao longo dos 45 anos, uma réstia de esperança no disco duro mental da maioria dos autóctones angolanos, pelo descalabro do programa político, económico e social do MPLA.

Em toda a extensão, para não variar, os ex-proletários que desde 1975, se especializaram em promessas vãs, mostram-se, mesmo depois de 1992, com a introdução do multipartidarismo, de conferir honraria e solenidade, as eleições, para devolver, às populações, o minino de dignidade humana.

A fraude, a batota, o sistema judicial viciado e podre, constituem as principais linhas de força de um regime que não muda. De 2017 a 2020, a esperança, já idosa, como cantava Teta Lando sucumbiu e a vida dos 20 milhões de pobres regrediu, mais que nos últimos 48 anos de colonialismo e 38 de eduardismo.

No meio de tanto desvario, até parece que Eduardo dos Santos é um feto, ao lado de João Lourenço, dado os índices da fome, desemprego, miséria, alta inflação e desvalorização da moeda. Custa dizer, melhor, comparar, mas a realidade é letal e 2020 foi uma verdadeira calamidade, com um desfile de boçalidade, sem precedentes, que nem o COVID-19, pode servir de justificativa.

A incompetência é, definitivamente, a imagem de marca indisfarçável e institucionalizada de quem, sem preparo administrativo, programa económico exequível e noção de gestão da coisa pública, chegou à mais alta magistratura, não para servir (ao que parece), mas para se servir e (des)governar o país.

O exemplo mais eloquente, foi o dos ovos. Uma vez mais, os ovos, agora não os de Isabel dos Santos, mas os de João Lourenço, convertido, por José Eduardo dos Santos, num dos maiores avicultores, fornecedor de ovos, que fez questão, aquando do encontro com a juventude de se apresentar, também, como latifundiário, que leva à mesa de muitos angolanos “os meus produtos”, gabou-se, acrescentando, num orgulho barroco ser fazendeiro de fim-de-semana: “Vou à sexta-feira de manhã e regresso ao sábado”, disse o Presidente da República, confirmando o império agro-industrial da MatoGrosso, detentor de várias extensões de terras, que deveriam ter aprovação do Conselho de Ministro, mas sendo do camarada chefe bastou-lhe, o tráfico de influência.

Mas, pasme-se, não é marimbondo, só beneficiou das marimbondices institucionais. A relação com a terra, para quem o ouviu deveria ser a do orgulho em servir os cidadãos, com preços baixos, mas infelizmente, a veia capitalista especulativa, impediram, em Dezembro de 2020 do “fazendeiro-Presidente da República”, abdicar do instinto de exploração capitalistas e baixar o preço do cartão de ovos. Qual quê? 3.700,00 (três mil e setecentos kwanzas) foi e é a fasquia dos ovos, saídos, também, de uma das muitas fazendas de João Lourenço, cuja produção nacional é mais cara que a vinda do exterior.

O lucro e a especulação, são o denominador contra o pobre. Triste expediente. Se o exemplo de cima é este, nunca baixarão os preços dos principais produtos da cesta básica, porque quem deveria ter sensibilidade, infelizmente, ama mais o dinheiro, os especuladores internacionais, que os povos, que governa. E, com isso, nenhuma esperança é capaz de fazer planos, para um dobrar de esquina melhor, pelo contrário, com fome, desempregado e sem oportunidades resta ao cidadão, trilhar os caminhos da revolta como forma de sobrevivência.

Este é o desafio, mas, também, o grande perigo, do país vir a soçobrar. A incógnita é se será de forma pacífica ou violenta… porque sem emprego, não há salário, sem este não há consumo e sem consumo, não há fabricas, empresas e investimento estrangeiro. Se Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos tinham um certo carisma e capital social de apoio, primando pela unidade do seu partido, já João Lourenço optou pelo poder com excesso de raiva e ódio, nas suas acções para com isso buscar, a subserviência do capital humano disponível, sem espinha vertebral, para reverenciar o seu carácter arrogante.

Geralmente, os políticos que fazem da arrogância, truculência e intimidação, uma forma de afirmação do seu consulado, escondem uma elevada dose de incompetência, capaz de estimular convulsões sociais. O cheiro está no ar…

A raiva, o ódio e o despreparo governativo parecem imagens de marca do executivo de João Lourenço, pese ter hasteado bem alto a bandeira do combate aos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, mais para agradar aos patrões ocidentais. Escancarar as portas do país, como se fosse propriedade privada do MPLA, ao FMI (Fundo Monetário Internacional), que a troco de migalhas: financiamentos ridículos, os obrigam a vender, até a soberania económica é um crime de traição ao país.

O FMI é uma organização de promoção da pobreza, polida, em África, América Latina e Médio Oriente. Ela é uma víbora venenosa que não tem exemplos de eficácia, de boa gestão, de desenvolvimento pleno, pelo contrário, onde passa, depois de branquear, por uns anos, a economia destes países, deixa-lhes um rasto de destruição e uma alta divida externa, “perpetuamente” alimentada pelos altos impostos, que impõem aos cidadãos. O FMI vai endividar Angola, até ao tutano, vai piorar a vida da maioria dos angolanos e beneficiar a dos novos governantes.

É o ciclo! É a receita ocidental, para os africanos e subdesenvolvidos, que se encaixa na mente complexada de dirigentes que não orgulham os seus compatriotas, com boas práticas de gestão e desenvolvimento.

Os cidadãos não podem continuar impávidos e serenos a aturar as políticas do FMI, diante de tanta borrada institucional e discriminação sanguinária. Definitivamente, podem apresentar todas as teorias económicas, para me convencerem do contrário, sobre o FMI, Banco Mundial e arredores, mas ciente de serem todas, teorias ocidentais, para manter os africanos/angolanos e subdesenvolvidos, em regime de escravidão do novo tipo, não mudarei a minha convicção: são instituições ruins, colonialistas e escravocratas!

Com o FMI a pobreza, a discriminação, a ladroagem, a corrupção e a fraude eleitoral nunca irão acabar. Ela é a maior promotora de ladrões no poder, para continuar a sugar as riquezas minerais dos países subdesenvolvidos, logo é um dever dos nacionalista, terem uma nova visão sobre o futuro de Angola e dos Angolanos.

Ademais, um combate à corrupção que promove altos impostos, o desemprego, a fome, a miséria, o endividamento do Estado e um mau sistema de justiça é tão assassino, como quem pariu o regime da ladroagem. Desacredito, a partir do pedestal da primeira quinzena de Janeiro/2021, nas políticas económicas do Presidente da República, enquanto continuarem assentes numa entrega do país ao FMI, a privatização da soberania económica, porque criminosa, ao fechar os olhos às injustiças, à fraude eleitoral, à manutenção de corruptos no poder e, na calada da noite, o assassinato de políticos e líderes da oposição, comprometidos com o país e a melhoria de vida da maioria dos angolanos, sem cega dependência às instituições de Bretton Woods.

Se o FMI e BM fossem tão boas instituições, não seriam rejeitadas na maioria dos países europeus e, haveria, seguramente, países africanos e subdesenvolvidos, transformados em autênticos paraísos e não em antros de pobreza e desigualdades extremas. Eu me confesso: sou leigo em economia, mas enquanto intelectual revolucionário comprometido com a total libertação do jugo colonial, recuso-me a continuar independente, materialmente, mas imaterialmente dependente à visão ocidental do mundo, que me exclui, enquanto angolano, africano, latino americano e árabe.

Este é o ano de um novo direito, uma nova lei, novos líderes, novos intelectuais, inspirados nas nossas realidades, culturas, tradições, línguas, em torno de uma REVOLUÇÃO SOCIAL DE AFIRMAÇÃO, rumo à independência mental total dos países subdesenvolvidos, em cujos solos reside a matéria-prima, vital para os países ocidentais, viverem com altos padrões de dignidade humana, enquanto nos impõem, através de líderes corruptos e sanguinários, uma vida miserável e de escravos.

2021 deve ser o ano da LIBERTAÇÃO TOTAL, para os políticos que se opõem à nova política e resistindo, possam trilhar o mesmo caminho de Donald Trump, que truculento, raivoso, foi escorraçado do poder, quando pretendeu ser melhor do que todos. Por esta razão, seria bom que o Presidente da República, João Lourenço, fosse mais sensível, abrisse os olhos e o coração, para ver a fome e miséria das populações, não vendendo o país, para que não se lhe assente a lógica: 2022 VAIS GOSTAR! Poderá continuar, no poder com a manutenção da fraude eleitoral ou ser forçado a sair face à revolução social dos famintos e desempregados, porque JLO e o MPLA SÃO BONS NA DIVISÃO, MAS MAUS NA UNIÃO! A opção está à mão de semear, logo escolher é nobreza!

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One Thought to “MPLA está a vender o país ao capital estrangeiro”

  1. Observador

    Eles sao descendentes dos escapados do ANTIGO SISTEMA DE CORRUPCAO DE VAMPIROS DA ANTIGA BABILONIA . Sao todos VAMPIROS CORRUPTOS . Venderam o pais aos SEQUELAS DO FASCISMO SALAZARISTA e PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES . Foi DURAO BARROSO E CAVACO SILVA e que fecharam o negocio da venda de angola com ajuda do jose Eduardo dos santos e este ultimo cara de PAU o lourenco

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