O racismo incubado existe, no MPLA! Faz morada na mente dos políticos de pacotilha, alcandorados no poder. Tem endereço! O meu amigo Celso Malovoloneke conhece o nome das esburacadas avenidas mentais… Ao reagir a um post (“meme”) na página do Facebook reagiu descaracterizando-me e a um colega de forma abjecta.
Por William Tonet
Racistamente tratou, Orlando Castro, director adjunto, por ser branco como sendo português. Santa ignorância! Mano Celso, o Orlando é orgulhosamente, branco, sim, não pediu para o ser, mas é 100% angolano, natural do Huambo (ex-Nova Lisboa), estudou no Liceu Norton de Matos e esteve na tropa, na banda. Ter cuidado não custa, logo seja como nós, no F8, respeite a multirracialidade do país e não promova o racismo, como muitos energúmenos, no MPLA/actual do camarada João Lourenço. Até breve!
A África não está mal! A maioria dos dirigentes, complexados e feitos capachos do Ocidente, sim! Os africanos não são todos assimilados e amantes da anarquia, sujeira, falta de saneamento, educação deficiente e saúde paupérrima. Os jovens, principalmente os intelectuais patriotas, têm de começar a pensar numa nova África, num novo continente, onde das suas entranhas possa emergir a urgência de uma revolução social pacífica, liderada por guerrilheiros com caneta e verbo (argumentos), capazes de conferirem, aos povos e países uma nova libertação: a INDEPENDÊNCIA IMATERIAL!
Angola é exemplo típico de país desconstruído, desde a independência, face à opacidade mental e política de exclusão dos dirigentes proclamadores: MPLA/Neto, que não conseguiram mais do que cunhar a baioneta da traição, no sonho inicial dos cidadãos, que auguravam por mais e melhores escolas, oportunidades iguais, saúde pública, reforma agrária, direito à terra, liberdade de expressão e de imprensa, criação de um empresariado forte, empregos e democracia, mas foram contemplados com fome, miséria, roubalheira, corrupção, injustiças, ditadura, assassinatos, incompetência, que fez regredir os níveis alcançados pelos colonos portugueses. A saloiice da tribo dirigente, mostra o despreparo e ausência de pergaminhos de quem nunca terá solenidade para construir a harmonia e as lianas de um país plural, mas está postado no poder, faz mais de 45 anos.
ANGOLA PAÍS OU PROVÍNCIA ULTRAMARINA?
Angola, navega como uma espécie de continuidade da ex-província ultramarina de Portugal, tendo de 1975 a 2021, regredido para patamares indescritíveis, como se fosse um nado morto, onde a maioria dos habitantes não vislumbra um futuro melhor.
É urgente a refundação dos sistemas pós-independência, baseado num espírito liberto das amarras ocidentais, para que um novo “Poder Constituinte”, seja capaz de eleger “Assembleias Constituintes”, integradas por novas gerações de políticos africanos, capazes de elaborarem verdadeiras constituições cidadãs, representativas de todas identidades culturais, etnolinguísticas e tradicionais dos respectivos países e territórios.
A Educação deve vigorar nas constituições africanas como factor principal e obrigatório do desenvolvimento, com foco nas Engenharias; Gestão Económica e Direito possa, na visão africana da terra, que engloba a propriedade, a criação do empresariado agro-industrial, ao novo conceito de posse, que integra a propriedade.
Esse não é, devemos, os homens de bem, recusar aceitar, a bandalheira, como um fatalismo africano. Não é! Não pode ser, nem prosperar! O boçalismo governativo, a arrogância assassina, são pragas, que devem, cada vez mais, ter um prazo de validade, com direito a expulsão dos órgãos de soberania do(s) nosso(s) torrão identitário. Muitos, destes homens, senhores da guerra ou militares de baixo escalão, não têm (nem tinham), o pergaminho de liderança administrativa e gestão económica da coisa pública, para ascender ao mais alto cadeirão da magistratura dos países.
Obcecados pelo poder, imbuídos do espírito de raiva, paranóia e ódio, colocaram na marginalidade e guilhotina os adversários e foram (ou são) subscritores de conflitos internos, por não terem, também, humildade de verdadeiros estadistas. A guerra civil que assola muitos países deve-se ao facto de grande parte dos percursores das independências não terem ousado lançar, “ab initio” (de início) as sementes para a elaboração de um projecto-país.
Na arrogância satânica, implantaram “projectos de poder”, sem órgãos do Estado fortes, porque os líderes, quais monarcas ditatoriais disfarçados de democratas, abocanham todos poderes, que lhes permite açambarcar, com as respectivas cliques, as finanças públicas e o património dos países, em detrimento dos demais, sendo os novos senhores da vez neocolonial.
Mesmo, na virada do monopartidarismo não houve a ousadia de fazerem emergir um novo poder constituinte, que elegeria uma Assembleia Constituinte congregadora de todas as sensibilidades e identidades (povos e micro-nações), cúmplices de seculares e harmoniosa convivência no território para pensarem um “PROJECTO-PAÍS”.
As guerras civis, conflitos militares e golpes de Estado, em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau (nos PALOP’s), RDC, República Centro Africana, Ruanda, Burundi, Mali, Etiópia, Sudão do Sul, Kenia, Nigéria, etc., são disso exemplos, pelo facto de nunca se terem reunido todas as identidades do país e ou o colonialismo ter entregue o poder a uma só identidade, que se julga, depois, predestinada a governar “ad eternum” o país(es), casos de Portugal, que em 1975, os capitães de Abril (comunistas), entregaram o poder à identidade MPLA/Kimbundu.
Hoje, três anos depois de chegar ao poder, o Presidente vive um misto entre o que acreditava António de Oliveira Salazar e Adolph Hitler, que diante do descalabro, dos seus consulados, ainda acreditavam que a idolatria dos cidadãos era real e ainda tinham o controlo dos respectivos países.
Ledo engano! Bom seria que, ninguém ousasse transformar Luanda em Normandia… Aí seria um épico delírio!