O homem tem fraca visão. Idolatra assassinos e ladrões e depois arrepende-se por sofrer de falta de visão e de desonestidade intelectuais. Uau!!!…. O poeta-sipaio do 27 de Maio agora vem dizer que o MPLA não libertou os países da África Austral e, pelo contrário, afundou Angola nesta região do planeta com tanta corrupção?
Por Domingos Kambunji
O Manuel Rui Monteiro já foi notificado para ir prestar declarações na Procuradoria-Geral da Re(i)pública da Angola do MPLA pela cumplicidade nos crimes praticados com os fuzilamentos do 27 de Maio de 1977? Não! Os crimes contra a humanidade não prescrevem mas os cometidos pelo MPLA, na Re(i)pública da Angola do MPLA, são abafados ou escondidos na lixeira política que o MPLA acumulou no nosso país nas últimas quatro décadas.
O sipaio do 27 de Maio já pediu desculpa aos Meninos do Huambo e das outras províncias do país por ter mentido, quando lhes disse que as estrelas são do povo mas, na realidade, elas foram todas kapingadas pelos generais do MPLA e pelos dirigentes da matilha que mais roubou em Angola?
O poeta-sipaio não veio a público criticar o apoio que a Manada de Patetas e Larápios de Angola (MPLA) deu ao Zédu, no último congresso, antes deste ir para a reforma, depois de ter demonstrado, durante muitas dezenas de anos, uma grande invalidez para o desempenho do cargo. Nos países desenvolvidos e democráticos a grande invalidez é motivo mais do que suficiente para impedir os indivíduos de obterem cartas de condução, com impunidade cleptocrática, para dirigirem os destinos de um país. Agora o Manuel Rui Monteiro vem crucificar um soba-ditador e um regime politico que tanto gabou como libertadores da África Austral? Mete muito nojo, cheira muito mal.
Agora é tarde, Manuel Rui Monteiro, porque muitíssimas pessoas observaram há muito tempo as aberrações que este partido político impôs em Angola, apadrinhas por um poeta cata-vento, padecendo de um miopia intelectual demasiado parola e hipocritamente ingénua.
O grande libertador da África Austral foi Nelson Mandela, pela inteligência e coerência políticas que demonstrou, cada vez mais elogiadas em todo o mundo. O que se pode dizer do parasitismo e saprofitismo do MPLA e dos seus dirigentes e intelectuais sanzaleiros? Metem muito nojo, cheiram muito mal por estarem em avançado estado de putrefacção.
99.6% foi o apoio que, no congresso antes de abandonar o poleiro, a Manada de Patetas e Larápios de Angola deu ao Zédu. Alguém ouviu o Manuel Rui Monteiro contestar a legitimidade do chefe do gang para continuar a desgovernar e a governar-se em Angola? Alguém ouviu dizer que o Manuel Rui Monteiro, no tempo do Zédu, foi preso e condenado por pertencer a uma organização de malfeitores e estar a tentar derrubar o presidente participando em manifestações na defesa da democracia e contra a corrupção? Não! A falta de verticalidade intelectual parece ser uma das principais características deste revolucionário de meia tijela, defensor de ideais incongruentes e fracassados, béu béu e guarda das memórias sanguinárias do assassino Agostinho Neto.
O Manuel Rui disse que o povo foi enganado pelo Zédu com o mito do “homem da paz”. Onde andou o sipaio do 27 de Maio para não combater esse mito tão falacioso? Faltaram-lhe os “frutos dos tomateiros” para combater esse mito? Ou também fez parte do povo parvo que acreditou nesse sofisma, demasiado matumbo, tantas vezes desmascarado por jornalistas inteligentes em publicações no nosso país e nas redes sociais?
Quem acreditou e acredita no slogan que diz que “O MPLA é o Povo”… só pode ser muito parvo ou então sofre de um reumatismo cerebral que provoca miopia política e social.
Quem iniciou a guerra civil em Angola? Foi o MPLA!
Quem implantou a cleptocracia cavalgante em Angola? Foi o MPLA!
Infelizmente Angola é capa de jornais famosos, pelos piores motivos, devido à governação cleptocrática, à prepotência e à hipocrisia do MPLA. O Manuel Rui Monteiro estava à espera de quê? Estava a pensar que depois de comer “fuba podre e peixe podre” iria arrotar a lagosta ou a caviar?
O poeta-sipaio do 27 de Maio aconselha a Isabel dos Santos a deslocar-se à Re(i)pública da Angola do MPLA a devolver o kumbu abifado e a pedir desculpa ao povo. Não seria mais fácil, só para começar e para dar o exemplo, exigir que os grandes gatunos que estão no país devolvam o que roubaram e sejam enviados para a cadeia?
O actual presidente já fez a declaração dos bens que possui e já explicou como enriqueceu numa progressão geométrica estratosférica durante a ditadura do Zédu, apenas com o salário de general, de deputado e de ministro? “Pedir desculpa não cura a ferida”!
O poeta-sipaio Manuel Rui Monteiro queria que no caso “Luanda Leaks” aparecesse nas capas dos jornais de todo o mundo o retrato do João Lourenço como herói da Batalha do “Coito-Carnaval” no combate à corrupção? Quem espera o surgimento de um Messias do MPLA desespera e continua a sonhar que agora os bebés vêm de Moscovo e de Havana, transportados por cegonhas-helicópteros militares.
O Manuel Rui já vai a caminho do Huambo para pedir desculpa aos meninos que enganou quando lhes disse que as estrelas são do povo? Ainda não? Já está a demorar muito, mas não é de admirar porque ele chega sempre atrasado às conclusões lógicas observáveis por pessoas sem teias de aranha no cérebro.
No Jornal de Angola do passado de 25 de Novembro aparece uma notícia seráfica sobre o Eduardo Nascimento, como autor do Primeiro Hino de Angola que, não se sabe bem como, deixou de o ser. Eufemismos!
Aliás, o músico e compositor Carlos Lamartine já se queixou, por mais de uma vez, das patifarias que os autores “supostamente reais” (o sublinhado é meu) do Hino de Angola fizeram ao não reconhecerem que tal obra foi fruto de um trabalho colegial. Mas, como em qualquer história que nunca começou bem, a verdade é ainda mais tenebrosa que a realidade, que se perscrutava nos comentários amargos do Carlos Lamartine ao Clube-K, ou na referida notícia do JA.
Ainda segundo um artigo de Ilídio Manuel no Clube-K, o líder da comissão, Manuel Rui Monteiro, do Ministério da Informação, encarregada de selecionar a letra e música do Hino de Angola, acabou por se aproveitar do trabalho que tinha sido declarado vencedor e que era da autoria de Eduardo Nascimento (letra) e de Ana Maria de Mascarenhas (música), e assumiu-se como um dos coautores do dito hino.
Ora este modus operandi já vinha do governo provisório, que antecedeu a independência de Angola. Com efeito, no seu livro “Angola. Anatomia de uma Tragédia” o general Silva Cardoso, Alto-Comissário de Angola para o período de transição e como tal chefe do respectivo governo, refere-se assim ao então Ministro da Informação Manuel Rui Monteiro, e passo a citar “…apetecia-me pôr-lhe um certo número de questões e, principalmente, apontar-lhe o dedo acusador por ser um dos grandes responsáveis pelo clima de guerra, insegurança, terror, vandalismo que se vivia naquela terra…”, texto este extraído da página 570 da 7ª edição da obra citada, publicada em Maio de 2009.
Esta pequena história mostra como se comportaram e ainda se comportam aqueles que herdaram o poder em Angola do regime colonial português e que estavam e estão ligados ao partido dominante. Esta gente que pretende, como tem sido regra há mais de quatro décadas, que o seu querido partido seja confundido com o povo e o estado angolano, esqueceu-se deliberadamente das várias correntes de pensamento e opiniões que constituíram e constituem a sociedade civil do estado angolano. Essa responsabilidade moral e cívica pelo desprezo e desconhecimento a que o partido que governa o país há décadas votou à sociedade civil, continua a ser premeditadamente esquecida pelos detentores do poder. E isto porque eles se consideraram e ainda se consideram os eleitos pelo Altíssimo para governarem o país.
Ou seja este cavalheiro, que aliás como mostra a história, de cavalheiro não tem nada, é o paradigma do MPLA.
Para eles Angola é um feudo pessoal.