O deputado e secretário provincial da UNITA em Luanda, Nelito Ekuikui, foi agredido pela polícia angolana numa manifestação e, segundo testemunhou o Folha, cerca de 50 jovens que participavam no protesto terão sido detidos. Detido está também o secretário provincial da JURA em Luanda, Manuel Epalanga.
Nelito Ekuikui disse não ter havido nenhuma razão que justificasse a agressão e afirma ter sido retido durante cerca de uma hora, acusando as autoridades de “uso excessivo da força” e de estarem a cometer uma ilegalidade.
“Disseram que a manifestação não pode ocorrer porque viola o decreto presidencial [que actualiza a situação de calamidade pública e entrou em vigor hoje], mas estão a violar a Constituição”, afirmou o deputado da UNITA, maior partido da oposição que o MPLA ainda permite, recordando que ele próprio foi legislador da lei de protecção civil, que não contempla a suspensão de direitos como os de manifestação.
“Claramente, este decreto foi forjado para impedir a manifestação”, acusou Nelito Ekuikui, criticando a presença das forças armadas nas ruas de Luanda e aconselhando o Governo a recorrer ao diálogo porque os protestos “não vão parar”.
O deputado da UNITA afirmou também que um dos organizadores da manifestação, o activista Dito Dali foi ferido e teve de receber assistência hospitalar, tendo sido detidos “cerca de 50 jovens”, entre os quais o presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira.
A marcha de hoje, convocada por activistas da sociedade civil, mas que contou com a adesão da UNITA e outras forças da oposição, visa reivindicar melhores condições de vida, mais emprego e a realização das primeiras eleições autárquicas em Angola, que estavam previstas para este ano e foram adiadas sem nova data.
A Policia utilizou balas reais, gás lacrimogéneo, cavalos e cães tudo contra os populares que reclamam por emprego, eleições autárquicas, democracia e condenam a politica de João Lourenço que acusam ser pior ditador que Dos Santos.
A Polícia Nacional disparou contra um manifestante, estão presos mais de 50 pessoas, havendo 30 feridos. O Secretário da UNITA, em Luanda e deputado Nelito Ekwikwi foi espancado e detido por algumas horas e depois liberto. O activista Dito Dali que está em parte incerta, foi antes severamente espancado, igualmente detido está o secretário provincial da JURA em Luanda, Manuel Epalanga.
Texto em actualização