Ainda não há muitos dias o Caetano Júnior, um empregado para todo o serviço do Victor Silva, o soba do jornal da Angola do MPLA que obedece às ordens superiores do Departamento de Informação e Propaganda do Bureau Político do Comité Central do MPLA, aconselhou os críticos do “Reigime” do MPLA a “escreverem menos e a lerem mais”.
Por Domingos Kambunji
Voltamos a abordar esta ruminação deste júnior depois de ter saltado para a ribalta a notícia que diz que, só no Cunene, 50 mil crianças ficaram fora do sistema escolar por falta de escolas e de professores. Qual será o número de crianças fora dos sistema escolar da Re(i)pública da Angola do MPLA? Um… dois… cinco ou mais milhões?
Hoje viemos para a sombra da mulemba com o objectivo de perguntar aos séculos, que têm muito conhecimento e experiência acumulados: Como é que os milhões de crianças que ficam fora do sistema escolar na Re(i)pública da Angola do MPLA, que não sabem ler e escrever, irão aprender a ler os disparates que o Victor e o Caetano escrevem no jornal da Angola do MPLA? Será que o presidente da Re(i)pública da Angola do MPLA irá legislar, por decreto governamental, que todos os analfabetos passarão a ser reconhecidos como possuidores dos conhecimentos básicos de literacia, acabando deste modo com o analfabetismo no nosso país?
Os séculos responderam; “Xé menino, num fala política”!…
A situação mais macabra que se observa neste ecossistema político, sub-soviético e semi-chinês, permite a existência de um Ministério da Guerra que quer importar do estrangeiro o material bélico mais moderno e caro, enquanto falta dinheiro, tempo e inteligência para construir mais escolas e empregar mais professores. Será que irão usar esse material bélico para prevenir a invasão do coronavírus, para combater a seca, os mosquitos transmissores da malária ou para matar as moscas e marimbondos que sobrevoam a lixeira de aberrações, incoerência e mentiras implantada e acumulada durante mais de quatro décadas no planeamento económico e social do país?
Agora os Caetanos Juniores e os Victores Silva do jornal da Angola do MPLA, da TPA do MPLA e da RNA do MPLA dizem que o ecossistema político demagógico está a normalizar, depois de “o país ter nascido de um parto difícil”… Será que estão a referir-se à guerra civil iniciada pelo MPLA? Ou estarão a referir-se aos fuzilamentos do 27 de Maio? Talvez não se estejam a referir ao reinado de gamanço do José Eduardo dos Santos, porque, coniventes, apoiaram, num congresso do MPLA, em 99.6% o chefe do gang da roubalheira.
A Re(i)pública da Angola do MPLA “ainda está a inventariar e a reparar os danos e a dar tratamento às feridas causadas pelos males legados dos anos anteriores às eleições de 2017”? Essas feridas gangrenadas estão a ser tratadas pelos cúmplices e principais actores que se passearam no palco político, até às eleições de 2017, e agora, apresentando-se como enfermeiros ou feiticeiros oportunistas, dizem que vão “corrigir o que está mal”?
Na verdade o actual chefe do gang e os bocas de aluguer dos órgãos de comunicação oficiais, fiéis à demagogia do MPLA, continuam a plagiar os discursos que se publicavam “nos anos anteriores às eleições de 2017”. A única diferença é que até então a estagnação e regressão social eram justificadas acusando Savimbi, a crise económica mundial, o colonialismo… Agora o MPLA diz que não pode fazer melhor e a culpa é dos legados deixados pelo MPLA “anteriores às eleições de 2017”. Em 2027, se ainda forem vivos, estes bocas e cérebros de aluguer irão dizer que a culpa da rebaldaria é do legado deixado pelo MPLA desde 2017 até 2027?
Já dissemos várias vezes que a culpa para a situação de falta de prosperidade é da desculpa, mais mutante que o coronavírus e outras epidemias, muitíssimo matumba e patética, demasiado mortífera.
Na próxima semana, se tudo decorrer como o previsto, os órgãos de comunicação oficiais da Re(i)pública da Angola do MPLA irão dizer que a culpa da situação que se vive é dos países estrangeiros? Eles não investem no nosso país, agora que a situação está normalizada com a reciclagem dos ministros e dirigentes políticos do José Eduardo dos Santos nomeados para o governo do João Lourenço… Antigamente o MPLA dizia que era contra o imperialismo capitalista internacional e agora está à espera que o Imperialismo Capitalista Internacional seja o Messias Salvador da Pátria, capaz de resolver todas as malapatas que o partido reinante implantou em Angola? O MPLA é um cata-vento mais incoerente do que as variações no estado do tempo, cronicamente bipolar.
Os megafones poetas-sipaios e outros kapangas do MPLA não se cansaram ainda de dizer que a Batalha do “Coito-Carnaval” libertou os países da África Austral. Essa afirmação não é completamente verdadeira porque Angola continua prisioneira-refém do MPLA e não se vislumbra uma data para a libertação do país das patas dessa Manada de Predadores e Ladrões de Angola (MPLA)!
Quanto aos Victores e Caetanos… coitados, são pagos para serem uns bobos da corte demasiado naífs, impreparados para serem promovidos de juniores a seniores.