O servente ajudante do Victor Silva, o Caetano Júnior do jornal da Angola do MPLA, está muito zangado por criticarem as receitas culinárias com que ambos cozinham o jornal da Angola do MPLA. Vai daí, o Caetano arregaça as mangas, levanta as saias, em gesto de protesto, e todos podem observar quem usa uma fralda com necessidade urgente de ser mudada.
Por Domingos Kambunji
As pessoas não criticam a diversidade de pensamento e opinião. Criticam, isso sim, a subserviência que o jornal da Angola do MPLA demonstra em relação ao poder instalado na Re(i)pública. Os leitores não exigem que a linha seguida pelo jornal da Angola do MPLA seja coincidente na maneira de pensar com os que criticam este diário.
Os críticos desejam que o jornal da Angola do MPLA demonstre um comportamento adulto e independente, o que é praticamente impossível porque este diário é um apêndice do poder, pago com dinheiro do Estado para servir o Poder arrastado no país há mais de quatro décadas, com ideologias incongruentes e várias vezes antagónicas. É este o principal motivo porque o jornal da Angola do MPLA muda de ideais com demasiada frequência, fruto da incoerência do partido que é proprietário deste órgão de informação e propaganda.
A aberração é tão exagerada que o Caetano já cansa a publicar protestos a criticar as opiniões nas redes sociais, esquecendo-se que o jornal da Angola do MPLA também tem uma publicação online onde, em todo o mundo, se pode observar os disparates que publica.
Não nos esquecemos que foi o jornal da Angola do MPLA que definiu a condição de autismo como uma patologia… Ainda nos lembramos que foi o jornal da Angola do MPLA que informou os internautas de que a malária estava em vias de extinção quando, infelizmente, continua a ser uma enorme praga no nosso país.
Ainda nos recordamos que foi o jornal da Angola do MPLA que informou que o nosso país possui as melhores e mais seguras estradas do mundo quando a realidade é… Ainda temos presente na memória o jornal da Angola atribuir o prémio de figura do ano a José Eduardo dos Santos, a defender a sua candidatura ao Prémio Nobel da Paz, a elogiá-lo como o maior líder mundial.
Agora o jornal da Angola do MPLA virou o bico ao prego… Ainda continuamos a rir, às gargalhadas, das crónicas publicadas no jornal da Angola do MPLA informando que o país não entraria em recessão, quando a economia mundial estava em recessão, porque o MPLA foi capaz de diversificar a economia atempadamente…
Agora, que o país está à rasca, a estratégia seguida nas crónicas do Victor & Caetano é diferente. A estratégia consiste na linha de pensamento de que “se chover não há seca e se houver seca é porque não chove”.
Há vários meses que o jornal da Angola do MPLA anda a propagandear que o governo do MPLA está a construir as bases para melhorar a economia… Há quantos anos os governos do MPLA andam a construir essas bases? Isso poderá obrigar-nos a concluir que o MPLA, os governos do MPLA e o jornal da Angola do MPLA são demasiado básicos e constroem alicerces amorfos, demasiado entrópicos?
No fim de contas o jornal da Angola do MPLA diz o que o MPLA manda dizer e a bajulação é tão patética que chega ao cúmulo de, para ficar bem visto perante os patrões, dedica-se a noticiar aniversários de ministros, como aconteceu com o aniversário do Eugénio Laborinho. Só falta ao jornal da Angola do MPLA defender, nunca é tarde para que isso aconteça, que os aniversários de todos os dirigentes do MPLA e de todos os membros do governo passem a ser considerados feriados nacionais, como faziam com o José Eduardo dos Santos… o que deixou de ser ídolo e passou a ser persona non grata do jornal da Angola do MPLA.
O Caetano, conselheiro anquilosado e desmodado, com um paternalismo matumbo e escatológico, aconselha os críticos do jornal da Angola do MPLA a ler mais e a escrever menos. Se bem nos lembramos… foi a “leitura proibida” que MPLA invocou para condenar os Revus a pesadas penas de cadeia, por defenderem a democracia e manifestarem-se contra a corrupção. Também nos lembramos, muitíssimo bem, de que o jornal da Angola do MPLA defendeu a enorme “palhaçada” que foi o julgamento e condenação dos Revus.
Afinal em que é que ficamos, Caetano? Talvez possamos aconselhar o Caetano a pensar mais para evitar publicar tantos disparates.
Na verdade o jornal da Angola do MPLA apresenta uma elevada propensão para o disparate. Isso não significa que, utilizando um conceito da economia, os leitores e os críticos tenha uma grande propensão para o consumo desses disparates.
Não é necessário um curso de jornalismo para observar a subserviência ao poder do MPLA do jornal da Angola do MPLA, basta possuir um raciocínio crítico minimamente inteligente!