O Bloco Democrático (BD), em comunicado assinado pelo seu presidente, Justino Pinto de Andrade, “por ocasião do 46º aniversário da Revolução dos Cravos, rende homenagem ao Capitães de Abril que derrubando o regime fascista português, tornou possível coroar de êxitos a longa resistência dos povos de Guiné-Bissau, Moçambique, Angola, Portugal, Cabo-Verde e S. Tomé e Príncipe, protagonizada pelos Movimentos de Libertação e pelas forças democráticas portuguesas”.
Acrescenta o BD que “os acontecimentos que precederam e mais ainda os que sucederam de imediato ao 25 de Abril foram fundamentais para as soluções encontradas em relação ás colónias africanas de Portugal. No caso de Angola, apesar de militarmente os Movimentos de Libertação Nacional, FNLA, MPLA e UNITA “estarem sob controle das forças militares portuguesas”, a independência já havia sido accionada de forma definitiva.
Diz ainda o comunicado:
“O movimento das Forças Armadas Portuguesas ao libertar, em 25 de Abril de 1974, Portugal, da ditadura fascista e da opressão monopartidária de Salazar-Caetano, representou o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa e do processo de transição para a independência dos povos então submetidos ao colonialismo Português.
“Para o BD, em certo sentido e no que diz respeito aos angolanos, o 25 de Abril representou também a resposta de dignidade do povo português ao povo Angolano pelos apelos lançados desde o 15 de Março de 1961!
“O 25 de Abril restituiu aos portugueses os direitos, as liberdades fundamentais e à democracia e os angolanos e demais povos colonizados o seu direito à Independência.
“Para o BD, a comemoração do 46º aniversário de 25 de Abril ocorre num momento particularmente crítico para a grande maioria dos angolanos, em que o quadro epidemiológico mundial, caracterizado pela incidência do Coronavírus, juntar-se a queda do preço do barril do petróleo, ambos letais para a economia Angolana tendo em linha de conta o deficiente e mesma inexistente funcionamento dos serviços de saúde, educação, de distribuição de água potável, da energia eléctrica do saneamento básico, de habitação condigna, do emprego, acrescidos dos violações mais flagrantes à dignidade da pessoa humana, protagonizadas pelos agentes da Polícia Nacional, a mando dos seus chefias em cumprimento das “ordens superiores”.
“O BD, advogando e pugnando para que 25 de Abril tenha em Angola a dignidade de uma data de inspiração nacional, reafirma a sua determinação em continuar a luta pelo fim concreto do monopólio político do partido único, pela realização prática das liberdades públicas, pela consagração efectiva do pluralismo politico e do princípio da separação de poderes, pela autonomia da sociedade civil e pela realização regular de eleições presidenciais, legislativas e autárquicas.
“O BD reafirma assim, a sua opção pela Mudança, objectivos no qual espera ver seriamente engajada a sociedade Civil e os Políticos na Oposição”.
O 25 de Abril constitui um património comum de Portugal e de todas as ex-colónias. É uma data que inicia a libertação dos respectivos povos. Foi um evento marcante e que perdura no tempo na mudança de mentalidades, designadamente na luta contra o racismo, a xenofobia e a descriminação . Conclusivamente: 25 de Abril sempre!