Angola recebe propostas de cinco das maiores empresas de leilão e licitação de diamantes

Cinco das maiores empresas organizadoras de leilões e licitações de diamantes apresentaram propostas à SODIAM, empresa de comercialização de diamantes angolana, para realizarem serviços na futura bolsa de diamantes do país

Um comunicado de imprensa da SODIAM refere que foram recepcionadas propostas de interesse da Bonas-Couzyn NV, First Element DTC (Pty) Ltd, I-Henning & Co. Ltd, Kon International DMCC e Trans Atlantic Gem Sales DMCC.

Segundo Peter Meeus, consultor e coordenador técnico para a Bolsa de Diamantes de Angola, que trabalha em parceria com a SODIAM, neste momento estão a ser analisados quais os serviços que se melhor se adequam às necessidades da indústria diamantífera angolana, de acordo com a legislação vigente no país.

A SODIAM está igualmente a analisar a colaboração com prestadoras de serviço de Acidificação para a Bolsa de Diamantes, nomeadamente a Elmyr Services BVBA e Quality Boiling (Charlotte) BVBA.

“As duas empresas – Elmyr e Charlotte – apresentaram as suas propostas de interesse, que estão actualmente em análise. Ambas as empresas possuem escritórios nas principais praças diamantíferas, Antuérpia e Dubai”, disse Peter Meeus, citado no comunicado.

De acordo com o coordenador, a intenção é ter uma unidade de acidificação na Bolsa de Diamantes de Angola, para que antes da venda aos compradores, os diamantes passem por um processo de ebulição profunda, que terá lugar nas suas próprias instalações, com vista ao benefício local e maximização do preço.

A futura Bolsa de Diamantes de Angola vai também incluir uma Academia de Gemologia e um Centro de Pesquisa Tecnológica e vai ter o seu funcionamento incorporado como zona franca.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, citado na nota, referiu que existem actualmente em Angola 14 minas operacionais e o volume total da produção diamantífera em 2019 atingiu os 9,086 milhões de quilates, avaliados em 1,263 milhões de dólares (1,037 milhões de euros).

Diamantino de Azevedo afirmou que um dos objectivos da Bolsa de Diamantes de Angola é concentrar o enorme fluxo de diamantes sob o mesmo tecto.

“Entendemos que uma parte destes diamantes poderão ser vendidos por via de leilões/licitações”, referiu o ministro, acrescentando que a SODIAM está a auscultar junto de prestadores deste tipo de serviços, para maximizar o resultado da produção nacional e obter os melhores resultados possíveis.

Lusa

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