Revisão do motor do calhambeque

Não deixa de ser uma elevada manifestação de hipocrisia o presidente “proletário” que lutou contra o “capitalismo e o imperialismo internacional“ deslocar-se, em visitas privadas, aos Estados Unidos da América para, dizem, fazer a “revisão do motor fisiológico do calhambeque”.

Por Domingos Kambunji

É estranho, muito estranho, que mais de 40 anos após impor-se no poder, a governação do MPLA não tenha sido capaz de desenvolver um grupo de especialistas na medicina capaz de “fazer a revisão do motor dos calhambeques” que ocupam a presidência angolana.

As universidades, que foram baptizadas com os nomes de dirigentes do MPLA, esforçam-se por dar as classificações máximas e oferecem diplomas dourados mas, pelos vistos, são incapazes de promover uma formação profissional de acordo com os padrões mais avançados da ciência. Isso só demonstra que as governações do MPLA estão demasiado infectadas e povoadas com dirigentes incompetentes. São estes dirigentes que exigem respeito internacional mas não se cansam de expandir as indústrias dos disparates.

João Lourenço foi estudar na Academia Lenine e participou na guerra civil, iniciada pelo MPLA, matando para defender a imposição dos valores marxistas-leninistas. É absurdo recorrer agora aos serviços de assistência médica nos Estados Unidos “capitalista, imperialista internacional” para fazer a “revisão do motor fisiológico do calhambeque”.

A história demonstra que o presidente imposto pelo “paraLamento” e pela a Constituição Atípica da Re(i)pública da Angola do MPLA lutou na defesa de valores que desaguaram no fracasso. Essas experiências matumbas provocaram a morte de muitos milhões de angolanos inocentes e indefesos.

Este motivo leva-nos a rir às gargalhadas, com sorrisos muito amarelos, quando ouvimos dizer que a governação do MPLA não se cansa de abrir mais e mais universidades para oferecer diplomas a licenciados impreparados, com as classificações de máximo aproveitamento, baptizando-as com os nomes de traidores à Pátria e violadores dos mais elementares valores de Direitos Humanos.

O lado macabro desta moeda é o facto de, neste período de desgovernação oligárquica do MPLA, já terem morrido muitos milhões de cidadãos angolanos devido às guerras iniciadas pelo MPLA e às epidemias que o MPLA não foi, nem é, capaz de combater porque a prioridade foi e é para o Ministério da Guerra, o principal alicerce para manter no poder presidentes demagogos, os que fazem a” revisão do motor fisiológico dos calhambeques” no estrangeiro.

Aos que partiram devido à guerra e às doenças vulgarizadas devido à negligência das governações do MPLA, o partido dos sofismas, falácias e eufemismos nunca lhes ofereceu a possibilidade de efectuarem “visitas privadas ao estrangeiro” para receberem assistência médica. Foram totalmente esquecidos, não são homenageados com nomes em avenidas, picadas ou universidades.

O Malandro foi fazer a “revisão do motor fisiológico do calhambeque” nos Estados Unidos… Na Re(i)pública da Angola do MPLA os malandros safam-se sempre e vivem bem durante muito tempo. A única excepção foi o sanguinário Agostinho Neto.

Dizem que nos Estados Unidos está muito avançado o combate à calvície. O Ministro da Propaganda e Educação Patriótica, João Melo, poderia ter aproveitado a boleia no avião do João para tentar minorar a enorme careca que exibe nas apresentações públicas devido à exagerada incoerência intelectual.

Nesta viagem privada aos Estados Unidos temos a certeza de que João Malandro Marimbondo Lourenço não foi convidar o Donald Trump para visitar a sua Re(i)pública da Angola do MPLA, em visita oficial ou privada, e aproveitar essa oportunidade para receber assistência médica. Ele também não foi gabar a actividade do seu Ministro da Propaganda e Educação Patriótica, João Melo, porque estes troca-tintas são sempre humilhados pelos jornalistas a sério, os que desenvolvem a sua actividade profissional em órgãos de informação honestos e competentes nos Estados Unidos.

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