Na missa do MPLA qualquer vigarista pode ser vigário!

Dizem os democratas se sentido único, cumprindo ordens superiores, que os profissionais de comunicação social em Angola devem valorizar no exercício diário da sua actividade os compromissos assumidos pelo Executivo, garantindo uma informação plural, independente, isenta e responsável prestando uma particular atenção à reportagem como género fundamental.

Esta afirmação é do Director Nacional de Comunicação Institucional do Ministério da Comunicação Social, Eduardo Magalhães, na abertura do Seminário Regional de Reportagem Jornalística, que decorre em Luanda de 17 a 19 do corrente mês, dirigido a profissionais do Bengo, Cabinda, Zaire e Luanda.

Antes de nos deleitarmos com as teses, agora retocadas e maquilhadas, de Eduardo Magalhães, vejamos o que o ele escreveu em Outubro de 2015:

«Mais uma vez, a imagem de Angola é alvo de ataques. Sectores nacionais da política, em conluio com círculos estrangeiros, revelam que a sede de poder é desmedida e inconsequente, ultrapassando os limites da responsabilidade.

No afã de prejudicarem a imagem dos actuais representantes, eleitos democraticamente através do voto, alguns dirigentes da oposição mandam “às calendas gregas” a imagem do país, com o objectivo único de ofuscar os avanços que estão em curso, para que os actuais desafios, sobretudo económicos e sociais possam ser superados.

Certamente, que aqueles que lutam contra Angola sofrerão mais uma derrota. Ao adoptarem o caminho semelhante à máxima popular de que “a alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo”, esses sectores, internos e externos, agem muito mais à semelhança das aves de rapina, à espera de um último suspiro do alvo para devorarem a carne.

Com isso, não apenas mancham a imagem do país, que dizem querer ou saber melhorar, como assumem, também, um total desconhecimento sobre aquilo que está a ocorrer na Nação angolana.

Jogam contra o país, quando fingem não ver que há um grande esforço do Governo, em aumentar a produção doméstica, o que culminará com a redução da dependência nacional das importações.

O fortalecimento do tecido empresarial, também em curso, promove a criação de emprego e já dá sinais claros da inserção, sobretudo dos jovens, no mercado de trabalho. Para reduzir a dependência das receitas provenientes da produção do petróleo, é visível que, em breve, será consolidado o êxito de diversificar as fontes de receitas fiscais e de divisas.

Existe uma benéfica relação onde há ganhos mútuos entre o Estado, o empresariado nacional e os mercados. Isso, para o desespero daqueles que cobram resultados, mas trabalham contra os actores que tentam atingi-los.

O Estado cumpre o seu papel, quando lidera a estruturação dos principais meios, desencadeia a aceleração dos grandes investimentos públicos em diferentes frentes e actua como regulador.

Com isso, o empresariado nacional lidera os projectos, tirando o máximo proveito do seu conhecimento e facilidade de acesso local, bem como os benefícios de que dispõe, no acesso ao crédito.

No cenário internacional, o empresariado estrangeiro que investe em Angola tem uma função de aporte de know-how e capital muito relevante para o sucesso da operação em qualquer projecto.

O cenário de crise mundial retrai, momentaneamente, os investimentos vindos de outras paragens, mas Angola continua a ser vista como um local seguro, estável politicamente e com amplas condições de receber parceiros de todo o Mundo.

No entanto, aqueles que ficaram escondidos, quando o Mundo estava admirado com os records de crescimento anuais de Angola, agora não podem aparecer como experts que apontam falhas por conta de um momento circunstancial da nossa economia.

Principalmente porque os angolanos sabem que a crise não é um problema exclusivo de Angola, mas uma triste realidade vivida no Mundo inteiro e um momento de oportunidades.

O diálogo franco entre o Governo angolano e a sociedade tem sido de grande importância, para que haja confiança naquilo que está a ser feito. E nesta confiança reside a capacidade de superar os obstáculos, uma marca indelével do nosso país e do nosso povo.

E por fim, mas não menos importante, devemos destacar que o papel de líder regional conquistado pelo nosso país é, também, um motivo de desespero para aqueles que pensam pequeno.

Angola não pensa apenas no mercado interno, mas sim no acesso aos mercados regionais. Apenas para citar a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), com mais de 200 milhões de consumidores.

Quando isso é somado aos 200 milhões da CEAC e mais de 200 milhões de consumidores do comércio tripartido, somados estes mercados, estamos a falar em mais de 600 milhões de consumidores. E Angola goza de excelentes relações com todos os players e saberá actuar com êxito neste campo.

É com muita satisfação que anunciamos que é expectável que o nosso país e o nosso povo vencerão mais um obstáculo. Em breve estaremos a consolidar os avanços que, pelo tamanho, jamais poderiam ser construídos da noite para o dia. Angola está vocacionada para o êxito e é nesse sentido que estamos a caminhar.»

Hoje, como ontem, bajular quem manda

De acordo com Eduardo Magalhães, que hoje falava em representação do nosso maior perito (e um dos maiores a nível mundial), o ministro da Comunicação Social, João Melo, o propósito da reportagem – diz a Angop – “é informar a respeito de um assunto, o que não significa que o mesmo esteja necessariamente relacionado aos temas do momento”.

“Falo sobretudo de reportagens próprias de cada órgão sugerida a partir das redacções com um levantamento de dados, entrevistas com testemunhas e especialistas, e uma análise detalhada de factos que seguramente irão resultar numa boa história”, sustentou (e sustentou-se) Eduardo Magalhães.

Eduardo Magalhães afirmou – continuamos a citar a Angop – “que a escolha da reportagem jornalística para esta formação reside fundamentalmente pela sua função social e relevância pela facilidade das acções descritivas, e por abordar assuntos de uma maneira global”.

O palestrante apelou na ocasião a todos os participantes para encararem esta formação como uma oportunidade, pois o seu melhor aproveitamento pode abrir um salutar campo de trabalho para desenvolver com aguçada curiosidade jornalística.

Por sua vez, o director do Cefojor (Centro de Formação de Jornalistas), Joaquim Paulo, considerou a reportagem como um género importante nesta fase do desenvolvimento do país.

Sustentou a sua afirmação referindo que a reportagem é a melhor forma de contar histórias com detalhes informativos, permitindo contar uma história com um fio condutor que é um facto e todas as incidências positivas e negativas sobre o mesmo.

Joaquim Paulo “realçou que o aprimoramento que se pretende neste género deve-se a que muitas reportagens que se vem fazendo até ao momento mais parecem notícias desenvolvidas, por serem pobres em termos de pauta e pesquisa.”

“Uma reportagem tem de ter uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão editorial e este pressuposto só é possível quando se tem uma pauta , quando nós nos auto documentamos para o trabalho que vamos apresentar ao público”, salientou Joaquim Paulo.

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