O Conselho Presidencial da CASA-CE aprovou hoje a estratégia daquela coligação angolana para o processo autárquico 2018-2020, garantindo que a crise interna “faz parte do passado” e que “está a ser esquecida aos poucos”.
“Nós agora começamos a olhar para o futuro, o passado que vivemos, a semana passada, está a ser esquecido aos poucos. Como podem reparar, estamos nesta reunião com os presidentes dos partidos políticos e nós somos uma organização heterogénea”, disse Lindo Bernardo Tito, um dos vice-presidentes da coligação.
A oitava reunião ordinária do Conselho Presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) decorreu hoje, em Luanda, e foi orientada pelo próprio presidente, Abel Chivukuvuku, acusado de alegados desvios de fundos por cinco elementos dos seis partidos que compõem a coligação.
Neste encontro, em que também foi discutida e aprovada a programação financeira do segundo trimestre de 2018, apenas participaram os presidentes de quatro das seis forças políticas que compõem a CASA-CE, sendo que estiveram ausentes os líderes do Partido Pacífico Angolano (PPA) e do Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP).
O Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), PADDA-AP, PPA, Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) são os subscritores de uma queixa enviada no final de Maio ao Tribunal Constitucional (TC), sobre a forma de gestão da coligação.
Apenas o partido Bloco Democrático tem estado fora das críticas internas à liderança de Abel Chivukuvuku na CASA-CE.
Lindo Bernardo Tito considerou “normal” que existam “divergências” na coligação e garantiu que “o assunto tem sido abordado com frontalidade”, embora assumindo desconhecer os motivos da ausência dos restantes líderes que compõem o Conselho Presidencial da CASA-CE.
“Como pode perceber, em qualquer organização política ou familiar existem divergências, o fundamental não é olhar para as divergências, é encontrar solução para vencer as divergências. Nós felizmente temos sido capazes de olhar para nós mesmos e encontrarmos solução”, assegurou.
Porque, acrescentou, “o que mobiliza os dirigentes da CASA-CE é servir Angola e os angolanos e é com esse objectivo que temos de vencer todas as dificuldades que possam surgir”.
Em relação à estratégia da CASA-CE para o processo autárquico 2018 – 2020, o também deputado à Assembleia Nacional avançou que o Conselho Presidencial “elencou uma série de passos a dar, com tarefas e actividades específicas atribuídas aos órgãos centrais, intermédios e locais” da coligação.
“A reunião decorreu num clima de concórdia e harmonia”, concluiu.
Lusa