CIMEIRA DA SADC ANALISA RDCONGO E LESOTO

ANGOLA. Ministros e chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países da África Austral discutem, em Luanda, a partir de segunda-feira, soluções para as crises políticas e sociais na República Democrática do Congo (RDCongo) e Lesoto.

De acordo com informação disponibilizada pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola, a cimeira extraordinária da “Dupla Troika” da SADC decorre em Luanda, nos dias 23 e 24 de Abril.

“O objectivo da cimeira é analisar a situação política na República Democrática do Congo e no Lesoto, bem como a consolidação do processo democrático na região austral”, refere a mesma informação, da diplomacia angolana.

Acrescenta que, além de Angola, Namíbia, Zâmbia, África do Sul, Suazilândia e Tanzânia, vão juntar-se, segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores para a reunião ministerial, antecedendo a reunião dos chefes de Estado e de Governo, na terça-feira, para “discutir os caminhos para ajudar a RDCongo e o Lesoto a ultrapassar a crise política e social que enfrentam”.

A diplomacia angolana refere que os chefes de Estado da Namíbia, África do Sul, Zâmbia, Suazilândia, RDCongo e Lesoto já confirmaram a presença em Luanda, os últimos dois na qualidade de convidados.

A representação da Tanzânia, país que também integra o mecanismo da “Dupla Troika”, ficará a cargo do ministro dos Negócios Estrangeiros.

As reuniões contaram igualmente com a participação dos chefes de Estado-Maior das forças armadas dos países que fazem parte da missão de manutenção da paz no Lesoto.

A agitação político-social na RDCongo centra-se na permanência no poder, depois de terminado o mandato, do Presidente Joseph Kabila.

No reino do Lesoto, militares de Angola, África do Sul, Namíbia e Suazilândia asseguram, em representação da SADC, uma missão de manutenção de paz.

Angola é actualmente presidente do órgão de concertação política, defesa e segurança da SADC e contribuiu com 160 militares para esta força, no terreno desde Novembro.

Em causa está a agitação político-militar na sequência da morte, a 5 de Setembro, do chefe de Estado-Maior do Exército, o general Khoantle Motsomotso, num tiroteio numa caserna com dois oficiais militares rivais, que também morreram.

O Lesoto tem uma longa história de instabilidade política, com golpes de Estado militares em 1986 e 1991, e tentativas de golpe, como em 2014. Várias personalidades foram assassinadas, incluindo um ex-chefe do exército em 2015.

Lusa

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