CATOCA REGISTA 450 MILHÕES DE DÓLARES DE PREJUÍZOS

ANGOLA. A Sociedade Mineira de Catoca, maior empresa de prospecção e comercialização de diamantes em Angola, perdeu nos últimos seis anos 450 milhões de dólares (365 milhões de euros) devido à actual política de comercialização do mineral, disse a empresa.

A situação foi relatada pelo director-geral adjunto da empresa angolana, António Galiano Celestino, quando falava hoje à imprensa, à margem do fórum de auscultação sobre a revitalização da política de comercialização de diamantes brutos no país.

Para o responsável da empresa, que explora a mina de Catoca, uma das maiores do mundo a céu aberto, “é urgente” a melhoria da actual política de venda de diamantes no país, por existirem no mercado operadores a obterem vantagens face à actual situação do mercado internacional.

“Entendemos que, neste processo de comercialização, existem participantes que estão a obter alguma vantagem face à actual situação no mercado internacional e a nossa ideia é que devemos aproximar os preços de avaliação dos produtores, em relação ao preço que é praticado a nível internacional”, disse.

Para António Galiano Celestino, “os prejuízos”, na ordem dos 450 milhões de dólares, nos últimos seis anos, condicionaram igualmente a investigação geológica para descoberta de novas minas.

Questionado sobre a existência de demasiados intermediários no sector, o director-geral adjunto da Sociedade Mineira de Catoca apontou para a tendência de existirem no mercado “muitos compradores preferenciais” no processo de comercialização de diamantes.

“Mas há que ter muita atenção porque muitos desses compradores preferenciais não nos trazem mais-valia ao processo que pretendemos instituir no país”, alertou.

A Sociedade Mineira de Catoca é uma empresa angolana de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes, constituída pela Endiama (Angola), Alrosa (Rússia) e Lev Leviev International – LLI (China).

Catoca é a maior empresa no subsector diamantífero em Angola, sendo responsável pela extracção de mais de 75% dos diamantes angolanos.

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