O Comboio de Chicago

Há oito anos escrevemos sobre a chegada do “Comboio de Chicago” a Wasingtn DC. Foi desta maneira simbólica que Barack Obama homenageou Abraham Lincoln, viajando com Joe Biden parte desse percurso, num gesto de esperança e de confiança num futuro melhor para os americanos.

Por Domingos Kambunji

Nessa ocasião já o “Comboio da Democracia” se encontrava descarrilado no palácio presidencial de José Eduardo dos Santos, em Luanda, e o “maquinista” demonstrava uma grande satisfação pelo seu contributo para a limitação dos ideais de Liberdade e de castração dos novos paradigmas para acabarem com o paternalismo sanzaleiro, que limita o pensamento crítico para o avanço das culturas e da civilização.

O “Comboio da Liberdade em Angola” continua descarrilado em Luanda, na encruzilhada das linhas das “ordens superiores”, da repressão, da corrupção e do nepotismo. Enquanto isso continuou a acontecer, os Estados Unidos da América já tiveram várias transições pacíficas na Presidência. Angola continua com o sempre mesmo incompetente como presidente. Este desculpa-se com a “crise internacional” para continuar a ser Rei num país doentiamente atrasado, apesar da megalomania e ostentação de alguns diGerentes do partido no poder.

Quando o “Comboio de Chicago” transportou Obama e Biden para Washinghton DC os EUA encontravam-se numa recessão muito profunda, perdendo centenas de milhar de empregos por mês.

Obama foi capaz de reverter essa recessão. A Presidência de Barack Obama acabou com a recessão e proporcionou condições para a criação de 15.8 milhões de empregos, reduziu o desemprego para níveis históricos, abaixo dos 5%, proporcionou seguro de saúde a 20 milhões de norte-americanos que se encontravam negligenciados, aumentou os rendimentos das famílias, combateu os críticos defensores da poluição, no país e no planeta, e combateu a discriminação racial e de género.

Enquanto tudo isso foi acontecendo, José Eduardo dos Santos andou e continua a andar em Angola a defender a “paz” para continuar a ser corrupto e ditador. Sendo presidente de um país com uma economia atrasada continua a desculpar-se com a crise internacional para tentar esconder a sua incompetência.

Esta semana, José Eduardo dos Santos enviou para os órgão de informação oficial do reigime o recado de que a economia de Angola vai crescer mais do que o esperado. Todavia, com esse crescimento microscópico, os 20 milhões de angolanos desesperados continuarão a viver miseravelmente no desespero.

Recentemente alguém lembrava que num período de tempo igual ao que mediou a “paz” em Angola e a actualidade, depois da segunda guerra mundial, a Alemanha e o Japão evoluíram das ruínas para países com economias avançadas, sem se andarem a desculpar com as consequências da guerra.

O MPLA e José Eduardo dos Santos, o maquinista do “Comboio da Democracia e da Liberdade descarrilado no Palácio Presidencial de Luanda”, continuam a carpir muitos sofismas para justificar a incompetência.

Barack Obama entregou o poder da presidência norte-americana a Donald Trump com um país em franco crescimento, um país melhor que o que encontrou há oito anos.

Se José Eduardo dos Santos decidir entregar o poder da Reipublicana Monarquia de Angola ao que dizem ser o herdeiro do trono, o país encontra-se a um passo da beira do abismo. O “Messias herdeiro” já prometeu levar o país a dar um passo em frente.

Um país que paga juros de empréstimos a 24% é sinal de que está com a corda na garganta, no cadafalso, e o MPLA está a fazer tudo para conseguir enforcar Angola.

Nos Estados Unidos a transição na Presidência, depois de eleições democráticas, é pacífica. Em Angola, se se verificar a transição na presidência para um outro diGerente do MPLA, isso acontecerá porque o MPLA é o dono das eleições, impõe as regras, e decide os resultados no Palácio Presidencial onde descarrilou, há quatro décadas, o “Comboio da Democracia e da Honestidade”.

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