O Presidente eleito de Angola, João Lourenço, não pára de surpreender todos aqueles que em todo o mundo e arredores (garante o MPLA) o escutam. Hoje garantiu todo o apoio ao futuro ministro angolano da Defesa e ao Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (CEMGFAA) na materialização do projecto de segurança marítima.
Presume-se que a mesma garantia e dada na materialização do projecto de segurança contra as zungueiras, jovens, pobres e todos aqueles que, por pensarem que Angola é uma democracia e um Estado de Direito, julgam que podem pensar pela própria cabeça.
João Lourenço foi hoje despedir-se dos funcionários do Ministério da Defesa, onde foi por mais de três anos ministro daquela pasta ministerial.
Na sua intervenção, João Lourenço referiu que a concretização do projecto de segurança marítima (e quem diz marítima diz tudo o resto) visa também corresponder à preocupação da comunidade internacional, de ver maior engajamento dos países africanos na protecção do Golfo da Guiné, de potenciais ataques de terrorismo e de pirataria.
Tornar a caixa social das Forças Armadas Angolanas (FAA) menos dependente do Orçamento Geral do Estado, para “melhor cumprir com a responsabilidade de atendimento aos oficiais reformados, pensionistas”, foi outra garantia deixada por João Lourenço que, assim, mostrou que o anterior titular da pasta (João Lourenço) andou três anos a gozar coma chipala dopessoal.
Segundo o presidente supostamente eleito no simulacro eleitoral de 23 de Agosto, durante o seu mandato como ministro a interacção entre os órgãos e os serviços do ministério, regiões e unidades das FAA, foram feitas parcerias importantes, quer com países amigos quer com instituições nacionais, o que permitiu a concretização de muitos projectos, tenham sido eles no apoio ao desmantelamento das “casas” no Zango ou até mesmo no assassinato do puto Rufino.
Foram também consolidados e aprofundados os laços de cooperação existentes, que “muito têm contribuído no processo de potenciação, modernização e edificação” das FAA, com os investimentos feitos no exército e na força aérea, concretizados com a aquisição de moderno armamento e técnica, disse.
É verdade. Angola é uma potência regional em matéria militar. Sabemos todos. Também sabem os 20 milhões de pobres e todos aqueles que, por esse mundo fora, estão satisfeitos por Angola ser um dos países mais corruptos do mundo e o maior no índice de mortalidade infantil.
João Lourenço exortou os trabalhadores do Ministério da Defesa a manterem a sua conduta “dentro do espírito de disciplina e consciência de missão, coesão e companheirismo”, estando certo de que o êxito em todo o processo de edificação militar de Angola “passará pelo cumprimento desses princípios fundamentais”. Princípios esses que assentam em três pilares fundamentais. O primeiro diz que Angola é o MPLA e que o MPLA é Angola. O segundo repete o primeiro e o terceiro diz que os dois anteriores são fundamentais…
Há três anos, quando assumiu a pasta da Defesa, João Lourenço disse ter retornado “às tarefas da instituição militar, à escola”, cujos ensinamentos constituíram para si “alicerces da trajectória patriótica e política”.
“Assumimos o desafio conscientes do grau de responsabilidade e de comprometimento que nos foi exigido no exercício do cargo de ministro da Defesa nacional, função incontornável no sistema de defesa e segurança nacional, com responsabilidades políticas e estratégicas de coordenação das acções, que garantem a defesa e a preservação da independência nacional, a integridade territorial, a paz e a unidade nacional, bem como o normal funcionamento das instituições democráticas angolanas”, disse na leitura eloquente das ordens superiores.
A investidura de João Lourenço como Presidente da República de Angola realiza-se na próxima terça-feira em Luanda, cerimónia à qual deverão assistir vários Chefes de Estado e de Governo, entre os quais o de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que – aliás – o felicitou pela eleição mesmo antes de haver resultados definitivos.
Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu, aliás, fazer o que nem o democrata Kim Jong-un teve a lata de fazer.
Folha 8 com Lusa