CRIADA A CONFEDERAÇÃO EMPRESARIAL ANGOLANA

ANGOLA. A Confederação Empresarial Angolana, hoje proclamada em Luanda, defende a institucionalização de um conselho de concertação económica e empresarial para, junto do Governo, canalizar divisas para relançar a produção angolana.

“Que seja próxima à Comissão para a Economia Real [do Conselho de Ministros], para identificarmos como vamos contornar o momento difícil de carência de divisas, para definirmos um mecanismo para melhorar a distribuição”, disse hoje o presidente da confederação, Francisco Viana.

O responsável, que falava durante a cerimónia de proclamação e empossamento dos corpos directivos da Confederação Empresarial Angolana (CEA), assinalou que o processo produtivo nacional, numa altura de crise económica, financeira e cambial em Angola, precisa de uma “agenda comum” entre o Estado e a classe empresarial privada.

“Se este diálogo não ficar institucionalizado, nós não vamos conseguir ter uma agenda comum, não poderemos ter uma ata onde se vão identificar todos os assuntos que preocupam”, apontou.

A criação de uma central de compras para o melhor acompanhamento das divisas – necessárias à importação de matéria-prima ou maquinaria para a indústria – é um dos propósitos da CEA: “De maneira a termos certeza que, a nível das associações empresariais, os cambiais conseguem chegar para compra de equipamentos e outros materiais de funcionamento das empresas”, acrescentou.

A CEA congrega membros de todas as associações empresariais de Angola e conta com 13 vice-presidências, com Francisco Viana a defender que a substituição das importações passa também pela concertação entre Estado e o sector privado.

“Entendemos que se isso for feito de uma forma empírica, de uma forma não organizada, esses objectivos não serão alcançados. Então esse é o motivo que faz com que nós defendemos que haja um conselho de concertação económica e empresarial, à semelhança que já existe noutras partes do mundo”, sublinhou Francisco Viana.

Capacitar as associações empresariais do país e ajudar a criar mais forças empresariais no interior de Angola é, segundo o presidente da CEA, outro dos objectivos da sua direcção.

A confederação anunciou hoje que vai realizar entre 6 e 8 de Julho próximo o 1.º Congresso de Produção Nacional, para identificar “o que de facto se produz em Angola”.

Lusa

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