As crónicas do Vi(ti)nho

O leitor espera sempre que um jornalista seja inteligente, independente e objectivo. Não que seja um parasita activo, confundindo ética com uma conduta patética, como é o caso do Vitinho, o boçal director adjunto do pasquim oficial, também conhecido por Pravda.

Por Domingos Kambunji

É triste quando um boçal é obrigado a defender quem fez e faz tanto mal. Por mais máscaras que o Vitinho use para tentar apresentar-se como jornalista, todos percebem que ele é um reles oportunista, um enorme vigarista.

O Vitinho anda, com toda a certeza, a participar nas maratonas da cerveja que o MPLA oferece durante as campanhas eleitorais, em que o resultado final é decidido previamente pelo presidente, no Palácio Presidencial. Imaginem vocês que este parasita social do pasquim de informação oficial tem o desplante de afirmar que a democracia em Angola está em fase de consolidação.

Angola ocupa o vergonhoso centésimo vigésimo nono lugar na defesa dos Direitos Democráticos e outros Direitos Humanos. Só uma enorme bebedeira poderá explicar tanta baboseira.

No ranking mundial da Liberdade de Informação, Angola ocupa a humilhante posição número 123, muitos pontos abaixo de Cabo Verde que se situa no lugar 32.

O Vitinho veio a público vomitar a ideia de que “a imprensa pública nacional, nos últimos meses, tem sido vítima de uma campanha maquiavelicamente organizada, que visa a sua desacreditação junto da opinião pública, numa estratégia concertada e que tem como objectivo fundamental a tentativa de conquistar alguns dividendos políticos”.

Ninguém tem necessidade de desacreditar a imprensa pública (ou será púbica?) angolana. Ela desempenha esse papel de auto-descredibilização, revelando um elevado grau de boçalidade, muita infantilidade e um fanatismo doentio pelo MPLA. O Vitinho é um dos moços de recados que se encontra na ribalta do palco dos parasitas boçais a escreverem nos jornais oficiais.

A sua intervenção só contribui para conspurcar ainda mais a imagem de Angola. Este charlatão é considerado um intelectual do pasquim oficial, num país em que o governo corrupto e incompetente do MPLA contribui, infelizmente, para que o país se situe no lugar 132, entre 149 países avaliados, em Educação e Formação Profissional. Será necessária mais informação para avaliar o Vitinho e criticar o pasquim oficial boçal, num país que vive no lodaçal?

O papel que a imprensa oficial desempenha no processo eleitoral é tentar limitar e influenciar a capacidade racional dos angolanos. Ainda há muitos que acreditam nos contos do vigário e nos ilusionistas governamentais com a capacidade de fazerem desaparecer sem devolver.

Quais foram os “crimes” que a imprensa pública terá cometido para ser, de repente, um ponto de convergência crítica de alguns partidos políticos e de outras forças da sociedade civil? O principal crime é ser a expressão de uma megalomania matumba e sanzaleira de uma oligarquia que coloca o nosso país numa posição muito na traseira.

Acusar o jornal do Vitinho de parcialidade já não é novidade. Infelizmente a exagerada insensatez só lhe permite teimar em vulgarizar tanta estupidez!

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