SIC apresentou supostos sequestradores

Os Serviços de Investigação Criminal de Angola, em coordenação com o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, acabaram mesmo por apresentar à imprensa, os três presumíveis sequestradores de dois cidadãos estrangeiros, recentemente resgatados pelos referidos órgãos operacionais do Ministério do Interior (MININT).

Por Antunes Zongo

Como noticiámos na segunda-feira passada, a Procuradoria-Geral da República tem-se mostrado contra tais práticas, justificando a posição com o alegado factor legal – respeito pelo princípio da presunção de inocência e do segredo de justiça.

Mas, directa ou indirectamente pressionados pela população e familiares das vítimas, o SIC e a Polícia de Luanda, que obviamente também desejam mostrar trabalho para transmitir o sentimento de segurança aos luandenses, turistas, investidores estrangeiros e não só, apresentou os três indivíduos – dois de nacionalidade nigeriana e um congolês, acusados de terem sequestrado o empresário português e administrador da empresa CIAP, António José, de 52 anos de idade, e Akbar Badat, 44 anos, de nacionalidade indiana e cabo-verdiana.

De acordo ao Superintendente-chefe Amaro Neto, que procedeu à apresentação dos visados, o cidadão português foi sequestrado cerca das 21 horas do dia 20.09.16, algures na zona do Belas, bairro Talatona. Já o comerciante Akbar conheceu o sabor amargo do rapto, um dia antes do cidadão português, no bairro Km-12, município de Viana, em Luanda.

Num estilo copioso dos filmes policiais de Hollywood, os sequestradores, que também se encontram em situação migratória irregular, exigiam aos familiares das vítimas USD3.000,000,00 (três milhões de dólares) para o resgate, caso contrário, decapitariam os referidos reféns, soube o F8 de outra fonte.

No caso vertentes, na sequência da operação de resgate levada a cabo pelos operacionais do SIC e da Polícia Nacional, foram apreendidas diversas viaturas – usados pelos marginais durante os sequestros, cinco armas de fogo do tipo AKM, 15 carregadores de AKM (devidamente apetrechados), três viaturas, dez telemóveis e dez milhões de kwanzas

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