Em comunicado enviado à Redacção do Folha 8, a FLEC-FAC diz que na “noite de sábado 9.04 e domingo 10.04, as Forças Armadas Cabindesas levaram acabo uma acção contra tropas de Angola e mataram 10 soldados das FAA na área de Necuto, na aldeia de Bembica, perto da área de Pinto da Fonseca”.
Referem igualmente ter conquistado “diverso material militar, entre o qual 15 AK 47 e 9 lançadores de foguetes e muitas munições”.
Acrescentam que no dia 12.04, “na zona sul da região de Necuto, as Forças Armadas Cabindesas atacaram uma patrulha das FAA que se preparava para surpreender uma posição de combatentes das FAC”. Nesta acção “23 soldados angolanos foram mortos e 16 feridos”.
“No dia 14.04 uma viatura militar das FAA foi atacada por combatentes cabindenses na estrada que liga as vilas de Nova Beira na fronteira entre Necuto e Dinge fazendo 2 mortos com fardamentos dos marinheiros da marinha nacional angolana e vários feridos”, refere o comunicado, referindo ainda que no dia “15.04, 12 soldados angolanos foram mortos e vários outros feridos numa emboscada entre as aldeias de Caio N’Guala e Cungo Butuno, no desvio para a aldeia de Baca”.
Perante esta situação de guerra, a Direcção política e militar da FLEC-FAC, “avisa a todos aqueles que têm os seus interesses no território de Cabinda, em particular, a empresa petrolífera Chevron, para aconselhar as autoridades angolanas para começar as negociações reais com os responsáveis políticos de Cabinda para encontrar uma solução pacífica sobre o conflito”, salientando que “um cessar-fogo seria possível somente se o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, aceitar abrir negociações com a Direcção política e militar da FLEC-FAC.”