Dos PALOP chega menos dinheiro a Portugal

As remessas dos portugueses a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 11% no ano passado, enquanto as dos africanos empregados em Portugal subiram 27,7%, mas são em muito menor valor.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal no Boletim Estatístico, os portugueses a trabalhador nos países africanos lusófonos enviaram no ano passado 229,1 milhões de euros, o que representa uma descida de 10,96% face aos 257,4 milhões que tinham enviado em 2014.

Em sentido inverso, ou seja, as verbas enviadas pelos africanos lusófonos empregados em Portugal, houve uma subida de 27,7%, resultado do aumento das verbas entre 2014 e 2015, de 39,9 para 51 milhões de euros.

Como é habitual, Angola representa a esmagadora maioria das verbas, seja de Portugal para África, seja do continente africano para Portugal.

Assim, no ano passado, os portugueses em Angola enviaram 218,1 milhões de euros, o que representa uma descida de 12,02% face aos 247,9 milhões que tinham remetido no ano anterior.

Onde existe uma variação percentual mais significativa é nas verbas enviadas pelos angolanos a trabalhar em Portugal: no ano passado, enviaram 19,5 milhões de euros, o que equivale a uma subida de 41,5%, comparando com os 13,8 milhões enviados em 2014.

No total mundial, as remessas dos portugueses a trabalhar no estrangeiro aumentaram 8,3%, para 3,3 mil milhões de euros, enquanto o dinheiro enviado pelos imigrantes em Portugal diminuiu 1,5%, para 526 milhões no ano passado.

Os portugueses a trabalhar no estrangeiro enviaram para Portugal 3.314 milhões de euros durante os 12 meses do ano passado, o que representa um aumento de 8,3% face aos 3.060 milhões que tinham enviado em 2014, ano em que as remessas ultrapassaram pela primeira vez os 3 mil milhões de euros.

Em sentido inverso, ou seja, as verbas que os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem, houve uma diminuição de 1,5%: em 2014, os imigrantes enviaram para os seus países de origem 534,81 milhões de euros, ao passo que no ano passado o valor diminui para 526,65 milhões.

A França, como tem sido habitual, lidera o “ranking” dos países emissores de remessas para Portugal, tendo as verbas enviadas pelos emigrantes portugueses em França ultrapassado pela primeira vez os mil milhões de euros: em 2014 este valor tinha-se ficado pelos 882,1 milhões de euros, ao passo que no ano passado subiu para 1033,1 milhões, o que representa um aumento de 17,11%.

A Suíça, também como tem sido norma, é o segundo maior emissor de remessas para Portugal, registando uma subida de 3,3%: as verbas enviadas pelos portugueses na Suíça passaram de 812,8 milhões, em 2014, para 842,3 milhões no ano passado.

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