ANGOLA. O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, recebeu, hoje, em audiência, o presidente da Igreja Maná, apóstolo Jorge Tadeu, que reconheceu ter havido “erros humanos” que perturbaram as relações com o Estado angolano.
O também fundador da Igreja Maná congratulou-se com a recente decisão do Tribunal Supremo de Angola que alterou em Agosto último, a decisão do Ministério da Justiça, de encerrar em 2008, as actividades da sua congregação religiosa.
Durante o encontro, em que Marcos Barrica se fez acompanhar do Conselheiro, Evaristo José, dos adidos de cultura e imprensa, Luandino de Carvalho e Estêvão Alberto, da adida administrativa, Dilma Esteves, e do assessor jurídico, António dos Santos, aquele líder religioso disse estar “profundamente satisfeito pelo normal funcionamento dos tribunais angolanos”, porquanto, segundo ele, “em Angola vigora de facto o princípio constitucional da separação de poderes”.
“Vejo que o sistema de justiça angolano de facto funciona”, para depois garantir que “tudo vai fazer para que exista uma convivência saudável entre o Governo e a Igreja Maná”, referiu.
Jorge Tadeu disse ainda estar “totalmente disponível para trabalhar com as autoridades e instituições do país constitucionalmente estabelecidas”.
Para o apóstolo “Angola é de facto um Estado democrático e de direito e os cidadãos devem continuar a confiar nas instâncias judiciais e judiciárias do país”.
“A decisão do Tribunal Supremo de Angola, não é apenas uma vitória da minha igreja, mas é sobretudo um triunfo do Povo angolano, daí, aproveito a oportunidade para apelar aos meus fiéis, no sentido de respeitarem os mais sagrados princípios que concorrem para a sã e boa convivência entre irmãos, entre famílias, assim como respeitar as leis do Estado angolano”, rematou.
Com cerca de 800 mil fiéis, a Igreja Maná foi criada em 1984, Lisboa, por Jorge Tadeu e está presente em vários países nos mais variados continentes.
Jorge Tadeu fez-se acompanhar na audiência por responsáveis da mesma Igreja, nomeadamente os bispos Manuel de Carvalho Leite (para a Namíbia e Zâmbia); Gerson Pimentel (para São Tomé e Príncipe e Cabo Verde), e Rui Manuel Pedro (para Moçambique).