Tuberculose ainda mata

Mais de 60 pessoas morreram vítimas de tuberculose no primeiro semestre deste ano na província do Huambo, entre 489 novos casos da doença.

S egundo o chefe de departamento de saúde pública do Huambo, Almeida Chitungo, o número de óbitos registados (61) é preocupante, comparativamente ao registado entre Janeiro e Junho de 2014. No ano passado, em igual período, foram registados 295 casos e 11 mortes, um registo que se traduz em cerca de cinco vezes mais vítimas mortais no espaço de um ano.

Almeida Chitungo explicou que o elevado índice de mortalidade deve-se a vários factores, essencialmente a chegada tardia aos hospitais e o abandono do tratamento. Aos factores acima citados, o técnico de saúde associa igualmente o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o aglomerado de pessoas em pequenas residências e a falta de saneamento básico.

Em 2014, Angola registou duzentos mil casos de tuberculose quase quatro vezes mais dos notificados no ano anterior (56.716). Por ocasião do dia mundial dessa doença, comemorado em Março passado, a Direcção Nacional de Controlo da Tuberculose e Lepra disse que a enfermidade continua a ser um importante problema de saúde em Angola, exigindo a situação a execução de estratégias para o seu controlo, tendo em conta aspectos humanitários, económicos e de saúde pública.

A data, instituída em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela União Internacional contra a tuberculose e Doenças Pulmonares (International Union Agaist Tb and Lung Disease-IUATLD), visa igualmente intensificar os esforços no controlo desta doença.

O 24 de Março recorda o dia em que o Médico Robert Kosch detectou o bacilo da tuberculose, em 1882, doença incluída entre as prioridades da OMS, como parte do objectivo geral – acções para uma vida mais saudável.

Entre as metas do milénio (Millennium Development Goals – MDG) está a redução à metade da incidência e da mortalidade por tuberculose até 2015 e, como meta a longo prazo, eliminar a patologia como problema de saúde pública até o ano 2050.

A Organização Mundial da Saúde estima que 9 milhões de novos casos de tuberculose se registem a nível mundial, dos quais três milhões ficam por diagnosticar, não recebem tratamento, e não são registados pelos programas nacionais de luta contra a tuberculose.

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