Papa pede luta contra formas modernas de escravatura

Papa pede luta contra formas modernas de escravatura - Folha 8

O papa Francisco pediu hoje que se lute “contra as formas modernas de escravatura”, durante a homilia que proferiu na missa que celebrou no Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial da Paz.

F alando na Basílica de São Pedro. O papa disse: “Todos estamos destinados a ser livres, todos a ser criança, e cada um, de acordo com a sua responsabilidade, a lutar contra as formas modernas de escravatura”.

O papa Francisco considerou, no discurso associado à celebração da 48ª edição da Jornada Mundial da Paz, que as “escassas” oportunidades de trabalho contribuem para o aparecimento de formas de escravatura moderna.

Esta mensagem foi mais um passo no sentido da do dia 12 de Dezembro do Vaticano, em que o papa disse que as empresas devem oferecer aos empregados “condições de trabalho dignas e salários adequados” e criticou como forma de opressão moderna “a corrupção de quem está disposto a fazer qualquer coisa para enriquecer”.

O papa Francisco mencionou como causas da “escravidão moderna” a pobreza, o subdesenvolvimento e a exclusão, combinadas com a falta de acesso à educação ou “com a realidade caracterizada pelas escassas, para não dizer inexistentes, oportunidades de trabalho”.

O papa denunciou na sua mensagem de hoje que a corrupção “acontece no centro de um sistema económico onde está o deus dinheiro e não o homem, a pessoa”.

Como formas de escravidão moderna sublinhou a prostituição e o tráfico de órgãos e destacou que “o direito de toda a pessoa a não ser submetida a escravidão, nem à servidão” deve ser “reconhecido como um direito internacional como norma irrevogável”.

Francisco referiu-se na mensagem aos “muitos emigrantes” que na sua viagem dramática “sofrem a fome, são privados da liberdade, despojados dos seus bens ou de quem se abusa física e sexualmente”.

Imigrantes que, “depois de uma viagem duríssima e com medo e insegurança, são detidos em condições às vezes inumanas” e são “obrigados à clandestinidade por diferentes motivos” sociais, políticos e económicos” ou, “com o fim de viver dentro da lei, aceitam viver e trabalhar em condições inadmissíveis”.

Por último, referiu-se aos “conflitos armados, à violência, ao crime e ao terrorismo” para dizer que são “outras causas da escravatura”.

Insistiu que muitas pessoas são sequestradas para serem vendidas ou recrutadas como combatentes e exploradas sexualmente, enquanto outras são forçadas a emigrar, deixando tudo o que possuem.

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