Os fundamentos macroeconómicos

Os fundamentos macroeconómicos - Folha 8

Os fundamentos macroeconómicos do país são sólidos, afirmou Governador do Banco do Nepotismo de Angola (BNA). Não poderia dizer outra coisa quando tomou posse, para não lhe provocarem a tosse e levar um pontapé na traseira antes de sentar-se na cadeira.

Por Domingos Kambunji

E sta afirmação do Governador do BNA é um plágio da proferida pelo Senador John McCain do Arizona, quando seguia à frente nas sondagens durante a campanha eleitoral para Presidente dos EUA, tendo como adversário o jovem Senador de Ilinóis, Barack Obama: Os fundamentos da economia americana são robustos!

Esse disparate, quando a economia americana estava a balões de oxigénio, em recessão, na fase final da Presidência de George Bush, veio a alterar as intenções de voto dramaticamente para McCain, facilitando a eleição do primeiro presidente afro-americano. Obama demonstrou que John McCain estava enganado, os fundamentos não eram sólidos e, depois de eleito, teve de trabalhar arduamente para reverter as tendências negativas da economia, promovendo o crescimento económico e facilitando as condições para a criação de onze milhões de postos de trabalho, melhorarias nos sistemas de ensino e saúde e tornou os EUA independentes em energia, entre muitas outras realizações.

[Nós voltamos a relembrar que nos EUA há eleições para a Presidência, não nomeações e imposições, como acontece por cá, com o Comité Central do MPLA, ou em Pequim e no Império do Czar Putin].

Desde quando os fundamentos macroeconómicos da economia angolana são sólidos? Só se for na produção e tentativa de exportação dos produtos resultantes da indústria da demagogia. Um dos bocas e barrigas de aluguer do Re(i)gime, durante a semana passada, tentou saltar para a ribalta, com os mesmos disparates de sempre, procurando demonstrar que, graças à visão de Sua Excelência o Senhor Engenheiro de BáCu, o Excelentíssimo Senhor José Eduardo dos Santos, a economia angolana beneficiou de um processo de diversificação, encontrando-se o país, neste momento, dependente em apenas 70% das receitas do crude.

Esse número envergonha e demonstra a incompetência da governação do país e só revela que os fundamentos macroeconómicos da economia de Angola são muitíssimo vulneráveis. Os dados nacionais e internacionais e os exageros na ostentação demonstrada revelam que os altos diGerentes nacionais, neste momento, estão quase 100% dependentes dos cambalachos do petróleo e dos diamantes, para o enriquecimento fraudulento.

Diversificação? Que diversificação?! Nem na indústria da corrupção porque, até aí se verifica um grande monopólio, uma enorme concentração. Que competência têm as universidades do ditador e do Catambor para produzirem especialistas capazes de transformarem Angola num país competitivo, em concorrência com as indústrias mundiais de elevada competência, inovação e eficiência? Só se for na produção e tentativa de comercialização de torresmos e banha da cobra do Re(i)gime.

Onde se produzem as mais-valias dos recursos naturais explorados em Angola?! Onde são esses produtos transformados e comercializados?! Nós sabemos que os negócios internacionais da venda de recursos naturais, não transformados, favorecem imenso os interesses feudais de Sua Excelência o Senhor Engenheiro de BáCu e dos seus generais principais.

Os bocas e barrigas de aluguer não se cansam de insultar, odiar e invejar os americanos. Esses arautos, mercenários, continuam a ter os fusíveis mentais normalizados pelos padrões da qualidade ruim do Putin. O Putin vinga-se do Ocidente através da intervenção bélica na Ucrânia. Zédu quis fazer o mesmo na sua viagem de Estado a Kinshasa mas, dizem, o Rei-Presidente, para fugir de lá mais depressa, para não morrer, desatou a correr e até batia com os calcanhares no cu.

Tanta paranóia em relação aos americanos! Procurem desenvolver o país de uma maneira harmoniosa e não mafiosa e deixem-se de invejas, ódios e insultos que levam a nada. O esbanjamento de recursos, através da ostentação dos novos ricos, milionários e bilionários do MPLA, e das políticas sanzaleiramente narcisistas e megalómanas do Poder, atrofia o desenvolvimento económico e social inteligente, harmonioso e sustentado e contribui para que o país se afunde cada vez mais no mar de contradições e ambiguidades do MPLA.

Os fundamentos macroeconómicos da economia angolana não são robustos, são, isso sim, exageradamente Roubustos.

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