Mais de uma dezena de possas foram detidas hoje pela Polícia Nacional na sequência de uma greve de taxistas iniciada durante a manhã, em Luanda, e que resultou em agressões e destruição de viaturas.
O porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia, inspector-chefe Mateus Rodrigues, disse que a greve visava apresentar junto do Governo Provincial de Luanda algumas reclamações dos taxistas – transporte público informais -, como a falta de paragens e necessidade de subida das tarifas, devido aos vários aumentos dos combustíveis do último ano.
Segundo Mateus Rodrigues, a reclamação teve lugar, mas alguns taxistas alteraram a ordem e tranquilidade pública, tendo sido a polícia chamada a intervir.
“Nas suas acções partiram vidros de algumas viaturas, causaram danos materiais, agrediram algumas pessoas, causaram ofensas corporais, é neste segundo momento que a polícia é chamada”, disse o porta-voz do comando provincial.
Mateus Rodrigues sublinhou que com a intervenção da polícia, foram detidas algumas pessoas, cujos aspectos processuais estão em curso para serem presentes a tribunal.
“Não podemos adiantar ainda o número de pessoas, porque as actividades continuam, neste momento temos equipas no terreno, mas é um número superior a dez elementos”, frisou.
O responsável garantiu que a situação neste momento é calma, tendo já sido reposta a legalidade em várias zonas da capital angolana.
Para o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia, as declarações públicas dos líderes das duas associações de taxistas, demarcando-se da greve e reprovando o acto, contribuiu para a acalmia da situação e para o regresso à normalidade.
“Vamos continuar [no terreno] até que a situação esteja completamente calma, já não é a mesma situação do início da manhã, já conseguimos repor a legalidade em algumas zonas, mas ainda existem alguns pontos em que esses desordeiros persistem e nós estamos no encalço deles, até que cesse completamente a situação”, disse.
Por sua vez, o presidente da Associação de Taxistas de Luanda, Manuel Faustino, disse que tinha conhecimento da intenção de se realizar hoje a greve, embora não tivesse participação.
“Não colaboramos, não somos os promotores, mas temos conhecimento que haveria de haver e que está acontecer”, disse Manuel Faustino, apelando aos taxistas para um encontro ainda hoje para ouvir as reivindicações e encontrar soluções.
Como resultado da greve, observou-se hoje, sobretudo durante a manhã, grandes aglomerados de pessoas nas paragens de táxis.