A Fitch reviu em baixa a notação financeira de Angola de ‘BB-‘ para ‘B+’. A forte queda nos preços do petróleo levou a agência de notação a descer o “rating” de Angola. para “B+”.
E sta notação traduz os efeitos que a baixa cotação do petróleo tem na economia. A resposta do Governo aos efeitos negativos da crise petrolífera impediu uma revisão mais acentuada.
A dependência de Angola dos hidrocarbonetos deixa o país exposto à forte queda nos preços do petróleo, o que resultou na subida da dívida pública, queda das reservas e um crescimento mais fraco, refere o relatório da Fitch.
Pela positiva, a agência destaca a resposta atempada do Governo aos efeitos negativos, incluindo uma política monetária mais apertada, medidas orçamentais e desvalorização cambial. O que permitiu limitar o corte do “rating”. “O outlook” é estável devido às medidas aprovadas pelo Governo liderado por José Eduardo dos Santos para responder aos efeitos negativos da baixa cotação da matéria-prima.”
As estimativas da Fitch apontam para a dívida pública de Angola supere os 40% do Produto Interno Bruto este ano, contra 23,1% do PIB, um nível reduzido que representa uma “significativa almofada orçamental” para o rating actual.
A agência antecipa que Angola passe a registar um défice de conta corrente este ano equivalente a 7,7% do PIB. O défice orçamental deverá ficar em 4% do PIB. Quanto ao crescimento, a Fitch espera que o PIB aumente 3%, o que se situa abaixo da previsão de 4,4%.