O Ministério da Administração Interna de Cabo Verde lançou hoje um sistema que vai permitir uma maior e melhor partilha de informação e interacção entre as entidades ligadas à justiça e à segurança no país e o cidadão.
O Sistema Integrado de Gestão Operativa (SIGO) é um aplicativo informático que vai promover a partilha de informação entre as Esquadras/Comandos, Polícia Judiciária, Ministério Público e demais entidades que fazem parte do sistema da segurança e justiça cabo-verdiana.
Financiado pela União Europeia no âmbito da Parceira Especial para Segurança e Mobilidade com Cabo Verde, o SIGO começou a ser desenvolvido há três/quatro anos por uma equipa técnica da Polícia Nacional (PN) cabo-verdiana.
É agora a única porta de entrada de processos nas esquadras, independentemente da sua localização geográfica, com recolha e tratamento das informações criminais em tempo real, permitindo, assim, uma maior planificação, organização e tomada de decisões.
Em termos estatísticos, o SIGO, que já se encontra em funcionamento a título experimental nas esquadras da cidade da Praia, vai ser uma base centralizada de dados, de consulta rápida de denúncias, autos de denúncias, gestão de ocorrências, do cadastro, dos objectos apreendidos, entre outros.
Para o director da PN cabo-verdiana, João Domingos de Pina, o SIGO é “mais um passo para a modernização profunda” da instituição policial, salientando também a interacção e comunicação que será feita com outros serviços, nomeadamente o Ministério Público.
A ministra da Administração Interna cabo-verdiana, Marisa Morais, destacou os investimentos feitos nos últimos anos na PN, com equipamentos modernos que irão imprimir maior eficiência e eficiência em termos de tempo e de recursos.
Segundo a governante, o SIGO, que ficará disponível brevemente em todas as esquadras do país, vai trazer “melhorias significativas” ao desempenho da polícia, facilitando os processos operacionais e administrativos e garantindo mais controlo e mais transparência.
O novo sistema, que é interno da PN, vai evitar os erros que muitas vezes acontecem na elaboração dos autos e permitir que cidadão saiba o estado da sua queixa, com consulta em qualquer esquadra do país, disse a ministra.
Reconhecendo o “défice” de uso de tecnologias no seio da classe, Marisa Morais salientou a importância da formação para a utilização deste e de outros sistemas, esperando que a sua implementação a nível nacional seja rápida e que as resistências se diluem com o tempo.
“Este sistema vai potenciar uma maior transparência no desenvolvimento da PN e uma maior confiança do cidadão no trabalho da polícia, porque permite esta maior interacção entre cidadão, esquadra, justiça”, salientou a ministra, afirmando esperar que a polícia faça uso do SIGO como uma “poderosa ferramenta” para a segurança em Cabo Verde.