Bilharziose não larga Benguela

Bilharziose não larga Benguela - Folha 8

O surgimento diário de casos de bilharziose, uma doença endémica em Angola e que pode provocar cancro, está a preocupar os responsáveis pelo hospital municipal do Cubal, na província de Benguela.

S egundo o director do hospital municipal do Cubal, Fernando Graça, na origem da doença está o consumo de água não tratada retirada dos rios, onde abundam enormes quantidades de caracóis, que alojam as bactérias da doença.

A bilharziose é uma infecção pelo parasita do schistosoma, que pode provocar cancro de bexiga, mas também infertilidade.

“Há bairros que teimam em consumir água não tratada, extraída dos rios por populares que vivem em zonas ribeirinhas”, disse o médico, em declarações à RNA, salientando que diariamente o hospital recebe dois a três pacientes com a doença.

As orlas dos rios estão todas infectadas com schistosoma, uma patologia provocada por uma bactéria que se aloja no caracol, que é o portador e vive nas margens dos rios, acrescentou.

Nos últimos meses, segundo as estatísticas daquela unidade sanitária, foram atendidas 200 pessoas com a doença.

A schistosomose é mais frequente em África e na América do Sul. O parasita que mais aparece nos países africanos é o ‘schistosoma hematobium’, este associado ao cancro de bexiga e igualmente à infertilidade.

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