As autoridades angolanas anunciaram hoje a apreensão e destruição de 260,8 quilos de medicamentos mal conservados e a detenção de 12 cidadãos estrangeiros, no âmbito de uma operação internacional contra a venda material contrafeito.
A acção enquadrou-se na VIII edição da operação PANGEA, que decorreu entre 9 e 16 de Junho, sob a égide da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), tendo representando a apreensão de medicamentos um valor de dois milhões de kwanzas (cerca de 14 mil euros).
Em conferência de imprensa realizada hoje em Luanda, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola apresentou os resultados a nível nacional, frisando que foram visitados 42 estabelecimentos comerciais, farmácias e ginásios em Luanda, tendo sido detectadas 36 infracções.
Em Angola, a operação coordenada pelo SIC integrou também departamentos dos ministérios da Saúde, Comércio, Juventude e Desportos e Agricultura, Indústria e Pescas.
Segundo o director-geral de inspecção do Ministério da Saúde angolano, Miguel dos Santos de Oliveira, foram encontrados nos estabelecimentos visitados medicamentos mal conservados, sem folheto informativo em português, fora de prazo e sem justificativo das fontes de aquisição.
Os medicamentos apreendidos foram na sua maioria ligados às áreas de nutrição e estética, estomatologia e oftalmologia, vendidos em estabelecimentos comerciais e ginásios.
“Entendemos também por bem incluir os ginásios, dado a venda ou uso de forma indiscriminada de anabolizantes nos ginásios. Há a tendência, sobretudo na juventude, do consumo de suplementos alimentares e de anabolizantes”, frisou.
Miguel dos Santos de Oliveira adiantou que operação cingiu-se apenas a Luanda, porque o objectivo principal foi combater a venda via Internet de medicamentos.
A operação incluiu o controlo de oito sítios de Internet de Portugal, Brasil, Estados Unidos da América e Inglaterra, utilizados por angolanos para a compra de medicamentos online.
No decorrer da operação, um dos sítios de Internet, supostamente português, encerrou, informou o responsável angolano.
O responsável avançou que depois desta operação internacional, que visou apenas a capital angolana, as autoridades nacionais vão realizar nos próximos dias uma outra de âmbito nacional, denominada “Jiboia”, para detectar medicamentos contrafeitos.
A VII edição da operação PANGEA foi realizada em 115 países, três africanos – Angola, África do Sul e Namíbia – e contou com a participação de 236 agências de polícias.
Participaram também entre outras a Organização Mundial das Alfândegas, o Fórum Permanente Internacional de Crimes Farmacêuticos, a Europol, Google, Matercard, Visa, American Express e Paypal.
No geral, foram detidos 156 indivíduos, apreendidos 20,7 mil toneladas de medicamentos, avaliados em 81 milhões de dólares.
Gostaria de parabenizar as autoridades ou os agentes que protagonizaram esta apreensão.
obrigado por não deixarem que o dinheiro fale mais auto que os princípios morais que vocês defendem. pois o dificel em Angola não é apreender, mas sim, resistir à corrupção.
vocês sim, mereciam ser chamados de heróis, por salvarem milhares de miseraveis….