O director geral da Maternidade Lucrécia Paim, Abreu Mpecamena, anunciou hoje (terça-feira), em Luanda, que o país poderá contar nos próximos tempos, com um centro específico para aplicação de práticas de procriação medicamente assistida.
A ser construída naquela instituição hospitalar, o responsável explicou que o Executivo Angolano está a criar, com efeito, as condições técnicas e humanas para a prossecução deste objectivo.
Segundo Abreu Mpecamena, que falava na cerimonia de abertura do workshop sobre “Infertilidade e Técnicas de Procriação Medicamente Assistida”, a acção para implementação do centro deve estar ajustada a regulamentação baseada na lei, que visa, essencialmente, regular a utilização de técnicas de procriação.
“Logo impõe-se a necessidade de realizar eventos para dar a conhecer e permitir a discussão do tema sobre a procriação medicamente assistida para que se busque consensos de várias sensibilidades académicas e da sociedade em geral” reforçou .
Referiu que existem várias razões e objectivos para a existência de uma lei que favorece o problema da infertilidade e das técnicas de procriação medicamente assistida em Angola, reconhecendo que o número de casais no país com problemas de infertilidade cresce de forma exponencial, o que constitui uma ameaça para a estabilidade de muitas famílias.
Abreu Mpecamena esclareceu que com a existência da lei e a consequente criação do centro para o processo de inseminação no país, vai diminuir o número de casais, com problemas de infertilidade, para o estrangeiro.
Esta situação tem acarretado inúmeros encargos financeiros para o país e os casais em causa, constrangimentos que poderão ser ultrapassados.
O responsável afirmou que a infertilidade motiva crise entre gerações porque armazena a perda do fruto familiar.
O tratamento sobre procriação medicamente assistida visa ajudar a materialização do desejo dos casais inférteis em (procriar) de forma que se possa promover cada vez mais o equilíbrio psicológico, social e económico no seio das famílias angolanas.