O inspector nacional da Saúde, Miguel Oliveira, considerou hoje, quinta-feira, em Luanda, a acessibilidade e a igualdade como elementos actuais de apoios fundamentais da política de saúde.
O inspector de saúde fez tal consideração ao falar à imprensa durante as XVIII Jornadas Técnico-Científicas da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), que decorrem desde o dia 23 até 26 de Setembro, sob o Lema “A Saúde e o Desenvolvimento Sócio-Económico de Angola”.
Miguel Oliveira definiu a igualdade como elemento básico à saúde dizendo que, consequentemente, a iniquidade é inaceitável.
Frisou ser necessária maior acessibilidade à saúde para que o paciente obtenha os cuidados de maneira fácil e conveniente, dependente de uma combinação de factores de distintas dimensões de ordem geográfica, organizacional, sociocultural e económica.
“A capacidade geográfica reflecte a distância média entre a população e os recursos. É importante haver uma aproximação entre ambas para garantir a saúde da população”, disse.
Salientou ainda que o Executivo angolano tem trabalhado arduamente para o desenvolvimento do sector de prestação de cuidados de saúde, em função das vantagens sociais decorrentes.
“Um aspecto fundamental da igualdade é o acesso a cuidados de saúde de qualidade em função das necessidades clínicas dos cidadãos”, enfatizou.
Miguel Oliveira focou também a importância do sector privado na garantia sa igualdade e acessibilidade aos serviços de saúde à população. Constatou que o sector privado presta os cuidados de saúde a nível de grandes centros urbanos, bem como na periferia onde a rede sanitária pública é limitada ou não existe.
O inspector Miguel Oliveira enfatiza existir em Luanda 889 unidades privadas, contra 153 unidades sanitárias públicas. Isso significa que potencialmente um número considerável de pessoas recebe atenção médica no sector privado. Sendo ainda que mais de 60 porcento das unidades sanitárias privadas se encontram localizadas em Luanda.
As XVIII Jornadas Técnico-científicas da FESA abordam em quatro painéis temas sobre “Estatística em Saúde uma Ferramenta para a planificação Adequada ”, “Participação Comunitária na Solução dos Problemas de Saúde” e “A Contribuição do Sector Privado para Garantir a Equidade e Acessibilidade”, que contam com prelectores nacionais e estrangeiros.
Participam do encontro deputados à Assembleia Nacional, Membros do Executivo, Médicos, Técnicos de Saúde, entre outros.